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Acidente
01/10/2025 00:00:00

Confronto no Paraná resulta na morte de suspeito de assassinar ex-delegado em São Paulo

Homem acusado de atacar Ruy Fontes é morto durante operação policial após troca de tiros; outros suspeitos continuam foragidos

Confronto no Paraná resulta na morte de suspeito de assassinar ex-delegado em São Paulo

Na manhã desta terça-feira (30), uma operação policial no estado do Paraná culminou na morte de um indivíduo suspeito de estar envolvido no assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Fontes.

O suspeito, identificado como Umberto Alberto Gomes, 39 anos, foi atingido durante um tiroteio após reagir à abordagem policial, que contou com apoio de agentes do Paraná. Segundo informações do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e do delegado-geral de Polícia Civil, Artur Dian, Umberto teria sido o potencial atirador responsável pelo crime contra Fontes. As autoridades apontam que as impressões digitais dele foram encontradas em um imóvel em Mongaguá, próximo à Praia Grande, que servia como base de apoio à organização criminosa envolvida. A localização de Umberto foi possível também por meio do rastreamento de seu celular, que indicou sua presença no local e na hora do crime.

O suspeito, que já constava na lista de oito indivíduos identificados pela Força-Tarefa das forças de segurança paulistas, estava sob mandado de prisão e havia fugido para o Paraná. Na ação de captura, Umberto reagiu e trocou tiros com as forças policiais, que eram compostas por delegacias de São Paulo e do Paraná. Após o confronto, ele foi morto, sem que nenhum oficial se ferisse. Os veículos utilizados pelos criminosos, uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade roubados na capital paulista, foram abandonados após a ação.

A Hilux foi incendiada para eliminar vestígios, enquanto o Renegade foi deixado com o contato ligado, o que permitiu a análise pericial que identificou os responsáveis. O esquema investigado revelou um planejamento detalhado e conhecimento técnico por parte dos executores, que perseguiram Fontes antes de disparar mais de 20 tiros de fuzil contra ele. Os veículos utilizados na ação também apresentaram evidências de roubo, reforçando a origem ilícita dos recursos.

Até o momento, foram detidos quatro suspeitos ligados ao crime: Dahesly Oliveira Pires, acusada de transportar um fuzil de Praia Grande para Diadema com pagamento via Pix de uma conta de Luiz Antônio; Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como 'Fofão', traficante e membro do PCC, suspeito de participar na logística, embora não como executor direto; Rafael Marcell Dias Simões, vinculado a uma facção na Baixada Santista, preso em São Vicente; e William Silva Marques, proprietário do imóvel em Praia Grande, onde o armamento foi buscado, detido na manhã do sábado (20). Ainda foragidos permanecem Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como 'Mascherano', ambos suspeitos de atuar como 'Disciplina' do PCC e investigados por participação direta na execução. Luiz Antônio Rodrigues de Miranda também está na lista de procurados, acusado de organizar o transporte da arma e conduzir o veículo utilizado na ação criminosa.

As investigações indicam que os veículos utilizados na execução — uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade — foram roubados na capital de São Paulo. Após o crime, a Hilux foi incendiada e o Renegade abandonado com o contato ligado, possibilitando a perícia que identificou os responsáveis.

Peritos também localizaram carregadores de fuzil, cápsulas deflagradas e um carregador de pistola próximos ao veículo deixado no local, reforçando a hipótese de uma ação planejada e de alta complexidade.