O governo brasileiro iniciou a maior mobilização militar de sua história, reunindo mais de 10 mil integrantes das Forças Armadas na Amazônia para a Operação Atlas 2025. As atividades se concentram em Roraima e no Amapá, áreas próximas à fronteira com a Venezuela e a Guiana, em um momento de crescente tensão internacional. O exercício principal será realizado entre 3 e 9 de outubro, com o objetivo de reforçar a presença nacional na região estratégica.
A operação teve início em junho, quando começou o deslocamento de tropas para o extremo Norte. Em agosto, a segunda etapa ocorreu em Manaus (AM), com simulações de combate. Agora, a fase central acontece em Boa Vista (RR), envolvendo o envio de efetivos e equipamentos pesados.
As ações são coordenadas pelo Ministério da Defesa e contam com militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. O Exército mobilizou 105 unidades, 434 veículos, 40 blindados e 9 helicópteros. A Marinha destacou o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, considerado o maior navio de guerra da América Latina.
O Atlântico atracou em Belém (PA) na última quinta-feira (25) trazendo 1.100 militares e 435 toneladas de armamentos, munições, mísseis, blindados, viaturas leves e outros equipamentos. Além de apoiar a Operação Atlas, o navio também dará suporte à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), prevista para acontecer na capital paraense.