O possível encerramento das atividades da fábrica da Braskem no bairro Pontal da Barra, em Maceió (AL), tem gerado apreensão entre trabalhadores e o Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE).
Apesar de a empresa não confirmar nem negar oficialmente a medida, operários relatam sucateamento da planta industrial, obsolescência de equipamentos e altos custos de produção, especialmente da soda cáustica. A Braskem, por sua vez, atribui a “hibernação” de alguns sistemas à defasagem tecnológica e às condições desfavoráveis de mercado.
O Sindipetro alerta que um fechamento definitivo poderia eliminar cerca de 1.500 empregos e deixar um passivo ambiental bilionário. A entidade também vincula a crise da companhia ao afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, decorrente da extração de sal-gema.
Paralelamente, circulam informações na imprensa de que a Braskem estaria negociando a venda de três fábricas de polipropileno nos Estados Unidos — no Texas, West Virginia e Filadélfia — avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. A empresa nega, afirmando que as operações americanas são estratégicas e não estão à venda.
O sindicato afirma que seguirá monitorando a situação para evitar prejuízos aos trabalhadores e à comunidade do entorno.