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Atualidade
02/08/2025 16:00:00

Trump assina ordem que impõe tarifas de 50% ao Brasil, mas exclui produtos como suco de laranja e aeronaves

Trump assina ordem que impõe tarifas de 50% ao Brasil, mas exclui produtos como suco de laranja e aeronaves

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que confirma a aplicação de tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a carga tributária total para 50%. A medida, no entanto, veio acompanhada de cerca de 700 exceções, excluindo uma série de itens relevantes da pauta de exportações do Brasil aos EUA.

Entre os produtos que não serão afetados pelas novas tarifas estão aeronaves e equipamentos da Embraer, suco e polpa de laranja, petróleo e seus derivados, ferro-gusa, castanhas, madeira, celulose e diversos tipos de carvão. Permanecem sujeitos às tarifas ampliadas mercadorias como carne bovina, café e frutas frescas, que ficaram de fora da lista de exceções.

Com a divulgação da ordem, as ações da Embraer subiram mais de 10%, enquanto os papéis da Suzano valorizaram acima de 2% e os da WEG cerca de 1,5%. O dólar, que durante a manhã era negociado a R$ 5,60, recuou para aproximadamente R$ 5,56 após o anúncio feito por volta das 15h30.

Segundo comunicado oficial da Casa Branca, as tarifas entram em vigor em sete dias e não mais nesta sexta-feira (1º de agosto), como se previa inicialmente. O governo norte-americano alegou que a medida responde a ações recentes do Brasil que seriam uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.

O documento também afirma que os EUA enfrentam uma emergência nacional em razão do que classificou como “perseguição política” por parte do governo brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. A administração Trump acusou o Brasil de violar direitos humanos e minar o Estado de Direito por meio de censura, assédio e processos judiciais politicamente motivados.

A Casa Branca citou diretamente decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que teriam imposto censura a plataformas como X (antigo Twitter), Google e Meta (Facebook e Instagram), exigindo que empresas americanas moderassem conteúdo político de maneira forçada. O governo dos EUA afirmou que pretende proteger a liberdade de expressão, defender os interesses de empresas norte-americanas e responsabilizar autoridades brasileiras por supostos abusos.