A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta sexta-feira (1º) que mais de 1.370 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza desde 27 de maio, enquanto tentavam acessar entregas de ajuda humanitária. A maioria dessas mortes teria ocorrido por ações do Exército de Israel, segundo o comunicado do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinos.
De acordo com o relatório, 859 pessoas morreram nas proximidades das instalações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, enquanto outras 514 foram mortas ao longo das rotas usadas para o transporte de alimentos.
A ONU afirmou que, embora tenha conhecimento da presença de grupos armados nas regiões onde ocorreram os ataques, não há indícios de que esses grupos estejam envolvidos diretamente nas mortes registradas.
A maioria das vítimas, segundo o escritório da ONU, são homens e meninos jovens. O organismo ressaltou ainda que não há evidências de que essas pessoas tenham participado de hostilidades ou representado ameaça às forças israelenses.
"Esses não são apenas números", destacou o comunicado, que chama atenção para o impacto humanitário e a gravidade das mortes ocorridas em um contexto de busca por comida em meio à crise que atinge a população de Gaza.