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Acidente
26/02/2025 14:09:00

Manifestações na Síria denunciam ocupação israelense e declarações de Netanyahu

Milhares de pessoas vão às ruas para protestar contra presença militar de Israel no território sírio

Manifestações na Síria denunciam ocupação israelense e declarações de Netanyahu

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades da Síria nesta terça-feira, 25 de fevereiro, para protestar contra a ocupação de partes do país pelo Exército israelense e repudiar declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Durante um discurso no último domingo, 23 de fevereiro, Netanyahu afirmou ser contrário à presença do Exército sírio no sul do país, declaração vista como um incentivo à divisão territorial da Síria.

Expansão militar israelense e resistência síria

Desde a queda do regime de Bashar al-Assad, forças israelenses avançaram sobre o território sírio, realizando ataques contra infraestruturas militares para impedir que o movimento radical islâmico HTS assumisse o controle do arsenal do antigo governo. Apesar de já ter anexado as Colinas de Golã – internacionalmente reconhecidas como território sírio –, Israel mantinha sua posição em relação à Síria pouco clara até então.

Durante um evento militar em Holon, Netanyahu reafirmou sua posição, declarando que não permitirá a entrada de novas tropas sírias na região ao sul de Damasco e exigindo a desmilitarização total dessa área. Ele também confirmou a permanência de forças israelenses na região do Monte Hermon por tempo indeterminado, justificando a medida como necessária para proteger localidades israelenses e enfrentar possíveis ameaças.

Protestos se espalham por várias cidades

As declarações do primeiro-ministro israelense provocaram indignação em diversas regiões sírias. Manifestações foram registradas em Deraa, Sueida e Quneitra, além de cidades como Damasco, Homs e Latakia. Organizações locais classificaram as falas como tentativas de fragmentar a Síria, reafirmando a unidade do povo sírio.

O Conselho de Deraa, importante entidade do sul do país, condenou qualquer iniciativa que vise à divisão do território. Manifestantes também retomaram antigos slogans da revolução contra Bashar al-Assad, reforçando a ideia de um país unido.

Durante a conferência de diálogo nacional em Damasco, participantes criticaram as declarações de Netanyahu, denunciando a presença militar israelense como uma intrusão inaceitável. No documento final do encontro, lido pela integrante do comitê preparatório Hoda al-Atassi, os participantes reafirmaram a rejeição às declarações provocativas do líder israelense e condenaram sua política de intervenção nos territórios sírios.



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