Um grande apagão atingiu grande parte do Chile na noite desta terça-feira (25), deixando milhões de pessoas sem eletricidade. Diante da gravidade da situação, o governo declarou estado de emergência e impôs um toque de recolher obrigatório, que permanecerá em vigor até as 6h de quarta-feira (26).
Internet e telefonia móvel ficaram fora do ar em diversas localidades. Além disso, a interrupção no fornecimento de energia afetou o abastecimento de água, pois as bombas elétricas deixaram de funcionar. Hospitais e escritórios governamentais recorreram a geradores de emergência para continuar operando.
Governo mobiliza forças de segurança para conter caos nas ruas
Sem uma explicação concreta sobre a causa do apagão, a ministra do Interior, Carolina Tohá, classificou o evento como uma possível catástrofe. Segundo ela, a prioridade do governo é garantir a segurança da população, razão pela qual forças de segurança foram enviadas às ruas para controlar o tráfego e evitar tumultos.
Por volta das 22h, mais de cinco horas após o início da queda de energia, cerca de 7 milhões de pessoas ainda estavam sem eletricidade, e nenhuma das 14 regiões afetadas havia conseguido restabelecer totalmente o fornecimento.
Falha na transmissão elétrica atinge grande parte do território chileno
O Coordenador Elétrico Nacional, responsável pela rede elétrica do Chile, informou que o apagão foi causado por uma interrupção em uma linha de transmissão de alta tensão que transporta eletricidade do Deserto do Atacama até Santiago. No entanto, a causa exata do problema ainda não foi identificada.
A falta de energia gerou um impacto generalizado, afetando desde Arica, no extremo norte, até Los Lagos, no sul do país. Semáforos apagados comprometeram o trânsito, partidas de futebol foram canceladas, aulas suspensas e eventos culturais adiados. Empresas do setor de entretenimento, bares e restaurantes também registraram prejuízos.
Santiago enfrenta paralisação do metrô e incerteza sobre normalização do serviço
Na capital chilena, onde vivem cerca de 8,4 milhões de pessoas, o apagão causou a suspensão do serviço de metrô, sem previsão de retomada. O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) confirmou que 14 das 16 regiões do país foram atingidas e segue monitorando a situação para avaliar os próximos passos.