Elon Musk sugere possíveis sanções contra Alexandre de Moraes nos EUA

O empresário Elon Musk, proprietário da rede social X e ex-secretário de Eficiência Governamental no governo de Donald Trump, levantou nesta terça-feira (25) a possibilidade de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu em resposta a uma ação judicial movida pela plataforma Rumble e pela Trump Media, que acusam Moraes de violar a soberania dos Estados Unidos ao solicitar a suspensão da conta do jornalista Allan dos Santos na Rumble.

Em uma postagem no X, Musk questionou se o ministro possui bens nos Estados Unidos, o que poderia facilitar a aplicação de sanções. O jornalista Paulo Figueiredo, que também enfrenta decisões judiciais de Moraes, afirmou que o ministro poderia ser incluído na lista SND do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), o que resultaria no bloqueio de suas contas bancárias, inclusive no Brasil.

A Lei Magnitsky, mencionada por Figueiredo, permite ao presidente dos EUA impor sanções econômicas e restringir a entrada no país de indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. Caso Moraes fosse incluído nessa lista, ele poderia ter ativos bloqueados e ficaria impedido de realizar transações com instituições financeiras americanas.

A ação judicial contra Moraes tramita em um tribunal federal da Flórida e ganhou destaque no Brasil no último dia 19. A disputa entre o ministro e a Rumble se intensificou após a decisão de Moraes de bloquear a plataforma de vídeos no Brasil por tempo indeterminado, devido ao descumprimento de ordens judiciais. A empresa e a Trump Media entraram com um pedido liminar para impedir novas determinações do ministro.

Na sexta-feira (21), Moraes deu um prazo de 48 horas para que a Rumble regularizasse sua situação no Brasil, mas a plataforma não conseguiu cumprir as exigências e foi bloqueada. No sábado (22), Rumble e Trump Media contestaram a decisão na Justiça americana. Moraes, por sua vez, desativou sua conta no X, conforme confirmado pelo STF.