O Consulado Geral da Rússia em Marselha, no sul da França, foi alvo de um ataque na manhã desta segunda-feira (24), quando três garrafas plásticas contendo substâncias ainda não identificadas foram arremessadas contra o local. Duas delas explodiram, mas não causaram feridos ou danos estruturais. Moscou classificou o episódio como um "ataque terrorista", ocorrido no dia em que a invasão russa à Ucrânia completa três anos.
A polícia francesa isolou a área e iniciou uma investigação para determinar a origem e a composição dos artefatos. O Ministério Público de Marselha abriu um inquérito por "danos causados por substâncias explosivas ou incendiárias", e a Divisão de Combate ao Crime Organizado e Especializado (DCOS) assumiu as investigações.
O governo russo reagiu prontamente, exigindo que a França reforçasse a segurança de suas instalações diplomáticas no país. A embaixada russa em Paris já havia alertado as autoridades francesas sobre possíveis provocações relacionadas ao aniversário da guerra. No domingo (23), pequenas manifestações antirrussas foram registradas perto do consulado de Marselha e em outras cidades francesas.
O Ministério das Relações Exteriores da França condenou o ataque e reforçou que a proteção de instalações diplomáticas e consulares é um princípio fundamental do direito internacional. No bairro onde ocorreu o incidente, moradores afirmaram não ter ouvido explosões, e uma testemunha descreveu o som como semelhante ao de rojões ou balões estourando.
Após o acionamento de forças policiais, bombeiros e especialistas em remoção de explosivos, as operações de segurança foram concluídas no fim da manhã, e o bloqueio ao redor do consulado foi suspenso no início da tarde. O prédio está localizado em uma área residencial que abriga diversas representações diplomáticas.