O Pentágono, o Departamento Federal de Investigação (FBI) e outras agências governamentais dos Estados Unidos instruíram seus funcionários a não responderem ao e-mail enviado pelo Escritório de Gestão de Pessoal (OPM). A mensagem solicita que os servidores federais detalhem as atividades desempenhadas na última semana.
No domingo (23), o Departamento de Defesa dos EUA divulgou uma nota oficial recomendando que seus funcionários interrompam qualquer resposta ao e-mail intitulado "O que você fez semana passada?". Segundo o comunicado, a avaliação do desempenho do pessoal do departamento será realizada internamente, conforme seus próprios procedimentos.
No sábado (22), Kash Patel, novo diretor do FBI, também enviou um comunicado interno afirmando que o departamento é responsável por seus próprios processos de revisão e que os funcionários devem, por ora, suspender qualquer resposta ao pedido. Além do FBI, membros indicados pelo governo Trump em outras instituições, como o Departamento de Estado e o Escritório Nacional de Inteligência, deram instruções semelhantes aos seus funcionários.
A medida gerou reações rápidas por parte dos sindicatos. A Federação Americana de Empregados Governamentais (AFGE), o maior sindicato de servidores federais dos EUA, declarou que contestará judicialmente qualquer tentativa de demissão considerada ilegal.
No sábado, os funcionários federais receberam um e-mail do OPM solicitando uma resposta com aproximadamente cinco tópicos sobre as atividades realizadas na semana anterior, com cópia para seus superiores. O prazo para envio das informações foi estipulado para esta segunda-feira (24) às 23h59 (horário local), com a recomendação de não incluir informações sigilosas, links ou anexos. No entanto, o e-mail não menciona possíveis sanções para aqueles que não atenderem à solicitação.
A possibilidade de retaliação foi divulgada por Elon Musk, que atualmente chefia o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), por meio de sua conta na plataforma X. Musk declarou que a iniciativa segue ordens diretas do presidente Donald Trump.