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Pela 19ª semana consecutiva, mercado financeiro eleva previsão da inflação

Pela 19ª semana consecutiva, mercado financeiro eleva previsão da inflação

A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu de 5,6% para 5,65% em 2025. Essa é a 19ª alta consecutiva na estimativa.

Os dados constam no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), que reúne semanalmente as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2026, a projeção da inflação também aumentou, passando de 4,35% para 4,4%. Já para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,79%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo um limite superior de 4,5%.

Em janeiro, a inflação oficial perdeu força e registrou alta de 0,16%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o menor índice para um mês de janeiro desde 1994, antes da implementação do Plano Real. A desaceleração do IPCA foi influenciada pelo Bônus Itaipu, que concedeu descontos na conta de luz de milhões de brasileiros. Apesar disso, no acumulado de 12 meses, a inflação está em 4,56%.

A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Atualmente fixada em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa foi elevada na reunião de janeiro devido à alta do dólar e à incerteza econômica global. Esse foi o quarto aumento consecutivo, consolidando um ciclo de aperto monetário. O Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais um ponto percentual na reunião de março, sem indicar se a trajetória de alta continuará em maio.

A projeção do mercado financeiro é de que a Selic termine 2025 em 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, as previsões são de 12,5%, 10,5% e 10%, respectivamente. O aumento da taxa básica de juros tem como objetivo conter a demanda aquecida, impactando os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. No entanto, bancos também consideram outros fatores, como risco de inadimplência e despesas administrativas, ao definir as taxas cobradas dos consumidores.

Em relação ao crescimento econômico, a projeção das instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permaneceu em 2,01% para 2025. Para 2026, a expectativa é de crescimento de 1,7%, enquanto para 2027 e 2028, a estimativa é de uma expansão de 2% ao ano.

No terceiro trimestre de 2024, o PIB brasileiro registrou alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior, acumulando crescimento de 3,3% de janeiro a setembro, segundo o IBGE. O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado em 7 de março. Em 2023, a economia do país surpreendeu e cresceu 3,2%, enquanto em 2022 a taxa de expansão foi de 3%.

Já a cotação do dólar é projetada para encerrar 2025 em R$ 5,99. Para 2026, a estimativa é de que a moeda americana atinja R$ 6.



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