SIGA NOSSO:
Dólar:
...
...
Euro:
...
...
Bitcoin:
...
...
Um levantamento realizado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, com base no Censo Escolar da Educação Básica 2023, revelou que apenas 14% das escolas públicas do país possuem grêmios estudantis. Esses grupos, compostos por alunos eleitos, têm a função de representar os interesses dos estudantes e fomentar a participação democrática dentro das instituições de ensino.
A presença dos grêmios é desigual entre as regiões do Brasil. No Sudeste, 24% das escolas contam com essa organização, enquanto no Norte o índice cai para apenas 5%. Além disso, escolas urbanas possuem mais grêmios (20%) em comparação com escolas rurais (5%).
O estudo também mostra que os grêmios são mais comuns em instituições frequentadas por alunos de maior nível socioeconômico, estando presentes em 64% dessas escolas. Em contrapartida, nas unidades com alunos de menor poder aquisitivo, o percentual não chega a 20%. Escolas com maioria de estudantes negros, indígenas e quilombolas também apresentam índices abaixo da média nacional.
Desde 1985, a Lei do Grêmio Livre assegura a organização de estudantes em todas as escolas, mas a efetivação dessa prática ainda enfrenta desafios. Especialistas apontam que a falta de investimentos em infraestrutura e financiamento prejudica a criação e manutenção dos grêmios. Além disso, há um desconhecimento sobre a importância dessa organização dentro das instituições de ensino.
Apesar das dificuldades, exemplos como o do Ginásio Educacional Tecnológico Ceará, no Rio de Janeiro, mostram a relevância dos grêmios. Na escola, os alunos têm promovido projetos para incentivar a convivência e reduzir o uso excessivo de celulares, além de organizar eventos e debates sobre temas relevantes para a comunidade estudantil.
A pesquisa destaca a necessidade de mais apoio e formação para gestores e professores, visando fortalecer os grêmios como espaços de aprendizado democrático e protagonismo juvenil dentro das escolas públicas do país.
