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Nações árabes, como Egito e Arábia Saudita, estão unindo esforços para apresentar um plano de reconstrução para Gaza, contrapondo-se à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ideia de Trump envolve a administração americana assumindo o controle do enclave palestino, expulsando seus habitantes e transformando a região em uma "Riviera do Oriente Médio".
A proposta gerou forte oposição de países como Jordânia e Egito, que temem uma crise humanitária e política caso cerca de 2 milhões de palestinos sejam deslocados de Gaza. Para discutir alternativas, representantes do Egito, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos se reuniram em Riad, e uma cúpula da Liga Árabe está prevista para 4 de março no Cairo.
O plano árabe prevê três fases ao longo de cinco anos. Inicialmente, a prioridade será a assistência imediata aos palestinos deslocados, com a criação de zonas seguras em Gaza equipadas com moradias móveis e serviços essenciais. Empresas egípcias e internacionais devem liderar a reconstrução, empregando mão de obra palestina.
A administração do território ficará a cargo de um comitê tecnocrático, possivelmente sem participação do Hamas ou da Autoridade Palestina (AP), frequentemente criticada por corrupção. A segurança de Gaza poderá ser garantida por forças árabes ou ocidentais, com os Emirados Árabes Unidos sugerindo uma missão internacional temporária.
O Banco Mundial estima que a reconstrução de Gaza exigirá cerca de 53,2 bilhões de dólares em uma década, com um investimento inicial de 20 bilhões nos primeiros três anos. Países árabes ricos em petróleo, como Catar e Emirados Árabes Unidos, podem liderar o financiamento, condicionado a um cessar-fogo duradouro e a negociações sobre a criação de um Estado palestino.
Enquanto isso, a estabilidade do atual cessar-fogo e a posição do governo israelense permanecem incertas, o que pode impactar a viabilidade de qualquer plano de reconstrução para Gaza.
