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Acidente
23/02/2025 13:00:00

Onda de Boicotes Sacode a Bulgária: Consumidores Desafiam o Aumento dos Preços dos Alimentos

Onda de Boicotes Sacode a Bulgária: Consumidores Desafiam o Aumento dos Preços dos Alimentos

Em uma demonstração de frustração crescente, consumidores búlgaros lançaram um boicote em massa contra as principais redes de supermercados do país, expressando sua indignação com o aumento vertiginoso dos preços dos alimentos. O movimento, que ganhou força na última quinta-feira, 20 de fevereiro, já é o segundo do ano e provocou uma queda significativa de quase 30% no volume de vendas das grandes redes, segundo relatos da mídia local.

A insatisfação dos consumidores é palpável, e muitos esperam que o boicote pressione os supermercados a reconsiderarem suas políticas de preços. "Espero que isso funcione", declarou Ivet Tabakova, proprietária de uma pequena mercearia, expressando sua desaprovação às "políticas extremamente agressivas das grandes redes". Tabakova destacou a prática comum de atrair clientes com preços baixos em alguns produtos específicos, enquanto inflacionam os preços de outros itens essenciais, resultando em margens de lucro exorbitantes.

O boicote também se mostrou benéfico para os pequenos comerciantes locais, que viram um aumento notável nas vendas. "Os clientes vêm aqui e compram produtos básicos como açúcar, farinha, iogurte e óleo", relatou um proprietário de mercearia, ressaltando a importância do atendimento personalizado e da qualidade dos produtos.

Os organizadores do boicote têm demandas claras: limitar as margens de lucro dos supermercados em produtos alimentícios a menos de 30% e aprovar uma lei para regular os preços. Eles convocaram um novo boicote para 27 de fevereiro, intensificando a pressão sobre as autoridades para que ajam.

O governo respondeu às demandas, anunciando medidas para otimizar as cadeias de abastecimento e combater práticas desleais no setor de alimentos. Inspeções de preços já foram iniciadas, com foco na transparência das informações fornecidas aos consumidores e na verificação da precisão dos preços e promoções. "Estamos monitorando a forma como a informação é fornecida aos consumidores e se existe algum engano. Também a exatidão dos preços e as promoções irrealistas", afirmou Ignat Asenov, chefe da Comissão de Defesa do Consumidor. Os resultados dessas inspeções servirão de base para a elaboração de uma lei que regulamente os contratos da cadeia de abastecimento.

O movimento de boicote na Bulgária se insere em um contexto regional de crescente insatisfação com a inflação e os preços dos alimentos. Protestos e boicotes similares já ocorreram em outros países dos Balcãs, como Croácia, Romênia, Sérvia, Eslovênia e Grécia, demonstrando a dimensão do problema e a urgência de soluções eficazes.



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