Café, carne e óleo são os principais produtos que pesam no bolso dos consumidores

O consumidor brasileiro tem sentido no orçamento o impacto da alta dos alimentos, o que tem levado muitas pessoas a buscarem alternativas e ajustarem seus hábitos de consumo ao fazer compras no supermercado.

De acordo com um estudo do Reclame AQUI, o café foi o produto que mais pressionou o bolso dos brasileiros, com 83,46% dos entrevistados apontando o encarecimento do item. Em seguida, a carne foi mencionada por 82,02% dos consumidores, enquanto o aumento dos preços dos óleos e azeites pesou para 67,52% deles.

Além desses itens, frutas, legumes, verduras, grãos, laticínios e ovos também tiveram aumentos expressivos, impactando diretamente o orçamento das famílias. Como consequência, pouco mais de 28% dos consumidores afirmaram ter deixado de consumir alguns alimentos, reduzido a compra de vários itens e trocado marcas mais caras por opções mais acessíveis.

Inflação dos alimentos segue em alta

O grupo Alimentos e Bebidas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,96% em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), marcando o quinto mês consecutivo de aumento nos preços do setor.

Diante desse cenário, muitos consumidores têm adotado estratégias para equilibrar as contas. O estudo apontou que quase 59% dos entrevistados estão reorganizando suas finanças para garantir uma alimentação de qualidade, enquanto outros têm intensificado a pesquisa de preços e optado por compras em diferentes estabelecimentos para economizar.

A situação não deve melhorar tão cedo. O levantamento revelou que 83,78% das pessoas acreditam que os preços dos alimentos continuarão subindo nos próximos meses.

Impactos além dos supermercados

A alta dos alimentos não afeta apenas os lares brasileiros, mas também outros setores da economia, como o varejo, os serviços, o lazer e o entretenimento. Segundo o Reclame AQUI, o peso dessa inflação pode até levar à inadimplência, já que dificulta o planejamento financeiro das famílias, fazendo com que outras contas sejam deixadas de lado.