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Saúde
23/02/2025 06:00:00

Casos respiratórios graves seguem em alta após volta às aulas

Alunos passam mais tempo em salas fechadas, favorecendo transmissão de vírus

Casos respiratórios graves seguem em alta após volta às aulas

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes de até 14 anos continuam elevados após a volta às aulas no Distrito Federal e em cinco estados: Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.

A informação foi divulgada na última edição do Boletim Infogripe, publicada nesta quinta-feira (20) pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. A SRAG é caracterizada pelo agravamento de síndromes gripais, comprometendo a função respiratória e, na maioria dos casos, exigindo hospitalização.

De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, o aumento das infecções está relacionado ao maior tempo que as crianças passam em ambientes fechados e em contato próximo, facilitando a disseminação dos vírus respiratórios. O boletim também alerta para o crescimento de infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) no Distrito Federal e em Goiás, elevando o número de casos de SRAG entre bebês de até dois anos.

O VSR costuma ser mais frequente no inverno, mas, somente neste ano, já foram registrados mais de 460 casos de SRAG ligados ao vírus em todo o país, resultando em 16 mortes.

Covid-19 segue como infecção viral mais letal

Mesmo com o avanço de outros vírus respiratórios, a covid-19 continua sendo a principal causa de mortes por SRAG no Brasil. Em 2024, mais de mil óbitos foram registrados, e 81% das vítimas com diagnóstico confirmado de infecção viral testaram positivo para o coronavírus. A maioria dos casos fatais ocorreu entre idosos.

A pesquisa também aponta aumento de casos com características de covid-19 em quatro estados: Mato Grosso, Roraima, Sergipe e Tocantins. Em Tocantins, chama a atenção a alta incidência entre jovens e adultos.

Além disso, sete unidades da federação apresentam níveis de alerta ou risco de agravamento das tendências de curto e longo prazo, independentemente da causa da infecção respiratória: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.



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