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31/03/2010 00:00:00

Polícia

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com alagoas24horas // danielle silva

A morte de uma reeducanda do Presídio Feminino Santa Luzia na noite de segunda-feira, 29, chamou a atenção para uma série de falhas encontradas na Segurança Pública Brasileira. A mulher identificada como Maria José Bernardo da Silva passou mal após o fechamento das celas e precisou ser encaminhada em um carro da administração do presídio até o mini pronto-socorro do Tabuleiro, porque as ambulâncias da Intendência Penitenciária estavam fora do sistema prisional e as unidades do Samu e Corpo de Bombeiros estavam em diligências.

A reeducanda recebeu os primeiros socorros e foi encaminhada até o Hospital Geral do Estado, onde faleceu de edema pulmonar. O corpo da detenta foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) na manhã desta terça-feira.

Este poderia ser um caso comum de morte natural não fossem as revelações de uma reeducanda que dividia a cela com a falecida. A mulher, que não quis se identificar, afirmou ser filha de Maria José e não colega e disparou “usamos nomes falsos porque já tínhamos antecedentes criminais em Recife”. A mãe, o marido e a filha praticavam roubos e furtos em Recife, onde moravam, e foram presos em Maceió após roubar uma farmácia.

Com o grupo, a polícia encontrou um veículo e uma série de material de roubo. Os três foram presos em flagrante e autuados por formação de quadrilha e roubo. Mãe e filha usando nomes falsos foram encaminhadas para o Presídio Santa Luzia e o marido encaminhado ao Presídio Baldomero Cavalcanti. A reeducanda confessou que o irmão também se encontra preso em Recife, acusado pelos mesmos crimes.

A filha revelou que Maria José havia sido atendida pelo médico do sistema prisional e recebeu medicação, mas não chegou a tomar. A falecida vendia a medicação para outras reeducandas, atividade comum, segundo ela (reeducanda).

O Alagoas24Horas tentou contato com a assessoria de comunicação da Intendência Penitenciária, mas o telefone estava desligado. Somente ao final da tarde a agência de notícias conseguiu apurar que a reeducanda falecida se chamava Maria Soledade Leite Bezerra.