com tudonahora // agência alagoas
É grande a expectativa dos irmãos e familiares do menino José Sérgio Guedes da Silva, de 10 anos. Ele retorna para casa nesta tarde, com a companhia dos pais.
O menino saiu de Campos dos Goytacazes às 7h e deve pegar o voo das 13h. A previsão é que o avião aterrisse em Maceió depois das 16h. Ontem, o menino e os pais estiveram no Fórum de Campos dos Goytacazes, na audiência para que Serginho pudesse voltar para Alagoas.
Depois da reunião, o menino estava bastante feliz e tranquilo ao lado dos pais. “Vou voltar amanhã para pescar no riacho”, falou.
Sequestro
O menino desapareceu há quase dois anos da cidade onde morava, União dos Palmares. Os pais acionaram a Polícia, que começou as buscas. Segundo o delegado Cícero Lima, Serginho foi levado por Luiz Henrique de Messias, que se passava por Erlimar Souza da Silva, e teve sua identidade revelada pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.
O sequestrador Luiz Henrique foi encontrado na cidade de Campos, no Rio de Janeiro. Hoje ele se encontra na Cadeia Pública Dalton de Castro, em Campos, onde aguarda julgamento. “Já descobrimos que o sequestador é alagoano e tem parentes que trabalham no Corpo de Bombeiros. Vamos aguardar o garoto chegar para interrogá-lo e saber se sofreu algum tipo de violência. Quanto ao acusado, estamos enviando uma carta precatória à polícia do Rio de Janeiro para interrogá-lo”, explicou o delegado.
Desde que o sequestrador foi preso, Serginho ficou em um abrigo de Campos, desde dezembro do ano passado. Ele só foi encontrado depois que o Tudo na Hora divulgou a foto do menino, que foi reconhecido pelo delegado e por moradores de União dos Palmares.
“No momento em que fomos autorizados pelo Ministerío Público a colocar na imprensa e na internet a foto do Serginho, com pouco mais de duas horas tivemos o feedback positivo de uma vizinha dos pais, que reconheceu o garoto. A imprensa foi fundamental”, avalia a delegada Bárbara Arraes.
O caso foi e está sendo acompanhado de perto por uma comissão de deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional que cuida de casos de crianças desaparecidas, como o do garoto alagoano.
“Os dados levantados sobre o sequestrador pela Polícia Civil alagoana, em parceria com a inspetoria da Polícia Cilvil em Campos e mais a agilidade do Conselho Estadual da Criança em Alagoas , culminando com a foto do acusado na internet, foram pontos-chaves para se chegar ao desfecho”, relatou a assistente social Cinthia Paes Guimarães, assistente social que atua no Abrigo e que acompanhou Serginho desde dezembro do ano passado, quando o garoto chegou ao abrigo.
“Nas abordagens, ele falava que era de Alagoas, em um lugar onde tem um rio e uma praça de motoqueiros. Daí entramos em contato com o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente de Alagoas e em 10 dias conseguimos resolver o caso”, completa Cinthia.
O contato imediato do abrigo foi com a conselheira Estadual da Criança e do Adolescente, Nelma Nunes, que acionou a Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, e divulgou a notícia do aparecimento e fotos do garoto nos veículos de comunicação.
De acordo com Nelma, a família do menino soube do aparecimento de Serginho através de uma vizinha, que viu sua foto publicada em um sites de notícias de Maceió. “A vizinha do menino reconheceu o Serginho, que vendia tapioca, e comunicou ao pai’”, confirmou Nelma.
Com Agência Alagoas.