7 Segundos - Policiais militares são presos e transferidos
após abordagem a coronel da Polícia Militar (PM), ocorrida na última
sexta-feira (24), e sindicatos divulgam nota de repúdio, em apoio aos
policiais.
Segundo informações, os militares teriam abordado um carro oficial da PM,
que era dirigido pela mulher do militar, que não tinha autorização para
conduzir o veículo. O Coronel teria justificado aos policiais que sua esposa
dirigia o carro porque ele teria passado mal e não tinha condições de dirigir.
O militar, identificado como coronel Goulart, prometeu denunciar os
policiais, dizendo que a abordagem foi abusiva e fora do procedimento.
Após a denúncia, os policiais foram detidos e transferidos para outras
unidades, gerando revolta de organizações e sindicatos, como a Ordem dos
Policiais do Brasil, o Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, a
Associação dos Servidores Policiais Civis de Alagoas e o Sindicato dos Agentes
Penitenciários de Alagoas, que emitiram nota de repúdio a decisão.
Na nota, divulgada neste domingo, as organizações argumentam que os
agentes estavam realizando seu trabalho, ao abordar o veículo oficial, quando
notaram que o mesmo era conduzido por um civil, e que a recusa do coronel a
obedecer às ordens dos colegas de farda, causou um desconforto desnecessário.
Ainda de acordo com os sindicatos, o coronel teria utilizado a sua patente
para intimidar e punir arbitrariamente a guarnição e o ocorrido deverá ser
cobrado e investigado pela Corregedoria, bem como a instauração de procedimento
adequado, face aos supostos crimes de peculato e, consequentemente, improbidade
administrativa praticado pelo Oficial que se utilizou do veículo do Estado em
benefício próprio e de terceiros.
Confira na íntegra a nota de repúdio divulgada pelos
sindicatos.
A Ordem dos Policiais do Brasil, o Sindicato dos Policiais
Federais de Alagoas, a Associação dos Servidores Policiais Civis de Alagoas e o
Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas vêm, em solidariedade a
Guarnição que se encontrava no exercício de suas funções legais, REPUDIAR a
conduta adotada pelo CEL. Adroaldo Freitas GOULART Filho que utilizando de
veículo destinado exclusivamente ao serviço público afrontou a Guarnição e se
negou a obedecer os comandos legais dos policiais militares que se encontravam fazendo
BLITZ na Rodovia XX.
O motivo da abordagem se deu, pois a Guarnição
percebeu/visualizou que indivíduos (com vestimentas civis) estavam em um
veículo oficial e de uso exclusivo da Polícia Militar. Ressalta-se que o
sobredito veículo parou numa distância considerável tendo sido realizada a
troca do condutor do veículo entre uma mulher e um passageiro/carona, tal
comportamento despertou a desconfiança da guarnição que adotou postura de
abordagem com emprego de arma de fogo e verbalização.
No momento da abordagem o condutor do veículo CEL. GOULART numa
conduta intimidatória além da morosidade de sua identificação não obedeceu aos
comandos legais dos militares de serviço causando um desconforto desnecessário.
Em razão dos fatos acima e que se apresentam em áudio e vídeo
comprovam o ocorrido e o assédio moral sofrido pelos servidores.
O Tenente que era o oficial de operações foi transferido para o
10° BPM, além disso os 03 (três) militares do BPRV foram presos no CFAP por 72h
por ordem do CEL. SARMENTO. Ademais, os militares envolvidos no episódio foram
transferidos para Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema.
Todos os princípios constitucionais foram afrontados em razão da
transferência dos militares e da prisão, ouviram apenas a versão dada pelo
Oficial que asseverou ter sido hostilizado e desrespeitado pela Guarnição, fato
que restará provado ser mentira.
As entidades demonstram nesse momento UNIÃO e REPUDIA a perfídia
e aleivosia praticada pelo Oficial que utilizando de sua patente busca
penalizar arbitrariamente a Guarnição.
Será cobrado da Corregedoria e do Conselho Estadual de Segurança Pública o acompanhamento do procedimento instaurado no âmbito correcional da PM, bem como a instauração de procedimento adequado face os supostos crimes de peculato e, consequentemente, improbidade administrativa praticado pelo Oficial que se utilizou do veículo do Estado em benefício próprio e de terceiros.