Em assembleia realizada nesta terça-feira (21), agentes
penitenciários que trabalham no sistema prisional de Alagoas decidiram cruzar
os braços durante o próximo final de semana, em paralisação de advertência. Com
isso, as visitas aos detentos pode ficar comprometida por 48 horas, entre o
sábado e o domingo.
Os trabalhadores dizem que a paralisação é resultado de um parecer da
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que pede o corte do adicional de
periculosidade do servidor que estiver no mês de férias ou em licença superior
ao período de quatro dias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas
(Sindape), Kleyton Anderson, a medida defendida pela Procuradoria-Geral vai
atingir todos os agentes que despenham suas funções de forma legal. Os
trabalhadores alegam que, mesmo em férias ou em período de licença, não deixam
de ser agentes.
"Diante da realidade que vivenciamos, consideramos absurda a intenção do
governo em reduzir ainda mais a remuneração do servidor, que já é baixa. É bom
lembrar que, só no ano passado, por exemplo, a inflação corroeu mais de 10% dos
nossos vencimentos, sendo que não houve reajuste para nenhum servidor",
disse Anderson.
O líder sindical também afirma ainda esperar que a entidade seja convidada a dialogar
com representante do governo antes da anunciada paralisação, a fim de
solucionar o impasse. Enquanto isso, avisam os agentes, a paralisação está
mantida para este final de semana.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Ressocialização e
Inclusão Social (Seris) informou que, até o momento, não tomou conhecimento do
anúncio de paralisação dos agentes. Contudo, assegurou que, assim que for
comunicada a decisão, adotará as medidas necessárias no sentido de evitar
prejuízo às partes - agentes e reeducandos. <> Já é Notícia //