Pesquisadores de
Harvard, nos Estados Unidos, encontraram uma possível explicação biológica para
as suspeitas de ligação entre o estresse e um maior risco da ocorrência de
doenças cardiovasculares, noticiou a revista médica britânica The
Lancet nesta quinta-feira (12/01). Segundo a pesquisa, o estresse
é um fator de risco tão grande quanto o tabaco e a pressão arterial.
O estresse
emocional sempre esteve associado a um aumento das doenças cardiovasculares,
que afetam o coração e os vasos sanguíneos. Entretanto, ainda não havia estudos
aprofundados sobre a forma como isso ocorre. As conclusões publicadas nesta
quinta-feira revelam que o aumento de atividade na amídala
cerebelosa ajuda a explicar esse vínculo.
Após analisarem
mais de 300 pessoas, os cientistas observaram que os indivíduos que
apresentavam mais atividade na amídala cerebelosa – zona dos lóbulos
temporais que se acredita regular as emoções, a ansiedade, o prazer e o
estresse – tinham mais chances de desenvolver doenças
cardiovasculares.
O estudo revela
que a amídala envia sinais à medula óssea para produzir mais glóbulos brancos,
que, por sua vez, causam inflamações nas artérias, possibilitando a ocorrência
de ataques cardíacos ou apoplexias.
Dessa forma,
quando está em uma situação de estresse, essa parte profunda do
cérebro pode antecipar problemas cardiovasculares. Os especialistas,
porém, alertam que é necessário realizar mais estudos para que esse vínculo
possa ser confirmado.
Para chegar a
essa conclusão, os pesquisadores avaliaram dois estudos. O primeiro se baseava
na análise do cérebro, medula óssea, baço e artérias de 293 pacientes. Eles
foram acompanhados de perto durante quase quatro anos, para averiguar se
desenvolveriam doenças cardiovasculares.
"Revelação única"
Durante esse
período, 22 pacientes, exatamente os que tinham mais atividade na amídala
cerebelosa, sofreram "eventos cardiovasculares", como ataques
cardíacos, insuficiência cardíaca, acidentes cardiovasculares e o estreitamento
de artérias.
"Aqueles
com maior atividade nas amídalas apresentaram maior risco de doenças
cardiovasculares e desenvolveram problemas mais cedo do que os com menos
atividade", afirma o estudo.
O segundo
estudo, que avaliou 13 pacientes, era centrado no vínculo entre o estresse e
inflamações no corpo. Os pesquisadores observaram os indivíduos com mais
estresse tinham também mais atividade na amídala. Também foram constatadas
inflamações no sangue e nas artérias.
"Nossos
resultados apresentam uma revelação única de como o estresse pode levar a
doenças cardiovasculares", disse o principal autor do estudo, Ahmed
Tawakol.
Dessa forma,
quando está em uma situação de estresse, essa parte profunda do cérebro pode
antecipar problemas cardiovasculares. Os especialistas, porém, alertam que é
necessário realizar mais estudos para que esse vínculo possa ser confirmado.
Para chegar a
essa conclusão, os pesquisadores avaliaram dois estudos. O primeiro se baseava
na análise do cérebro, medula óssea, baço e artérias de 293 pacientes. Eles
foram acompanhados de perto durante quase quatro anos, para averiguar se
desenvolveriam doenças cardiovasculares.
"Revelação única"
Durante esse
período, 22 pacientes, exatamente os que tinham mais atividade na amídala
cerebelosa, sofreram "eventos cardiovasculares", como ataques
cardíacos, insuficiência cardíaca, acidentes cardiovasculares e o estreitamento
de artérias.
"Aqueles
com maior atividade nas amídalas apresentaram maior risco de doenças
cardiovasculares e desenvolveram problemas mais cedo do que os com menos
atividade", afirma o estudo.
O segundo
estudo, que avaliou 13 pacientes, era centrado no vínculo entre o estresse e
inflamações no corpo. Os pesquisadores observaram os indivíduos com mais
estresse tinham também mais atividade na amídala. Também foram constatadas
inflamações no sangue e nas artérias.
"Nossos
resultados apresentam uma revelação única de como o estresse pode levar a
doenças cardiovasculares", disse o principal autor do estudo, Ahmed
Tawakol. Agência dw.world brasil //