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O grupo que administra
a “Massa Falida” do Grupo João Lyra conseguiu mais uma vitória nesta
quinta-feira (20). O juiz da Vara Agrária de Minas Gerais, determinou a
reintegração de posse Fazenda Campo Limpo, Canápolis, ocupada pelo Movimento
União Nacional de Luta Camponesa (UNLC) e que agora será colocada a venda.
A fazenda,
invadida no dia 1º de setembro, faz parte da Massa Falida da Laginha
Agroindustrial, conhecida como Grupo João Lyra, e deve ser vendida junto às
duas usinas mineiras do grupo, a Triálcool e a Vale do Paranaíba. A audiência
para entrega de propostas está marcada para o dia 16 de novembro, às 10h30.
O pedido de
reintegração de posse foi apresentado pelo administrador judicial da Massa
Falida, João Daniel Marques Fernandes, e pelo gestor judicial, Henrique Cunha,
sob o temor de depredação do patrimônio que vai servir para pagar as
indenizações de milhares de trabalhadores do grupo falido.
Prefeituras
Mineiras
Em julho deste
ano, as fazendas e as unidades industriais mineiras da Massa Falida do Grupo
João Lyra foram motivo para a visita de uma comissão de prefeitos de Minas
Gerais ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Os chefes dos executivos de
Canápolis, Capinópolis e membros de outras prefeituras afirmaram temer
invasões, saques e depredação do patrimônio das usinas.
"Tememos
que a deterioração das usinas pode pôr em risco o pagamento de trabalhadores e
de nossas prefeituras, que são credoras também e que aguardam receber os
impostos atrasados", declarou Diógenes Borges, prefeito de Canápolis.
Cerca de três
mil pessoas trabalhavam nas duas unidades industriais – e não receberam suas
indenizações com a paralisação do funcionamento. Além disso, juntos os dois
municípios aguardam o pagamento em impostos de cerca de R$ 10 milhões. Em
agosto, a Usina Vale do Paranaíba sofreu uma tentativa criminosa de incêndio.
Não houve danos.
Diante do clima,
a Administração Judicial da Massa Falida tem pedido celeridade à Justiça para
que as unidades sejam vendidas ou arrendadas, evitando perdas, arrecadando para
o pagamento dos credores e devolvendo a economia unidades que historicamente
geraram emprego e renda a vários municípios de Alagoas e Minas Gerais.