Agência Senado //
A eleição municipal pode não ocupar nos noticiários do
país o mesmo espaço dado às disputas pela Presidência da República ou por uma
vaga no Senado, mas ganha a dianteira em relevância quando o foco é o cotidiano
do cidadão.
Caberá a prefeitos e vereadores que serão eleitos no dia
2 de outubro garantir a prestação de serviços públicos aos habitantes de 5.568
municípios brasileiros, o que inclui oferta de creches e escolas de ensino
fundamental, serviços de saúde e também saneamento básico, abastecimento de
água, transporte urbano, limpeza pública e pavimentação de ruas, entre outras
atribuições.
O desafio, no entanto, será conseguir executar todas
essas tarefas em meio a uma acentuada queda de receitas, especialmente nas
transferências de recursos pelos estados e pela União para os municípios, e ao
comprometimento do orçamento com o pagamento de salários de servidores das
prefeituras.
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios
(CNM), Paulo Ziulkoski, é insustentável o desequilíbrio na distribuição de
tributos, quase todos arrecadados nas cidades, mas que acabam retidos pelos
governos estaduais e pela União.
— Os municípios estão dilacerados e a proposta de
contenção de gastos do governo federal ajuda a enterrar ainda mais as
prefeituras — protesta o líder municipalista.
Realidade local
Aos cerca de 144 milhões de eleitores brasileiros,
segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caberá atenção na escolha
de candidatos mais bem preparados e, principalmente, no acompanhamento e na
fiscalização da ação do prefeito e dos vereadores eleitos, que na esfera local
representarão os brasileiros até 2020.
Senadores que já enfrentaram o desafio de chefiar uma
prefeitura, como Simone Tebet (PMDB-MS) e Fernando Bezerra (PSB-PE), recomendam
aos eleitores que busquem entre os candidatos aqueles com maior conhecimento da
realidade local e com propostas concretas para solucionar os problemas do dia a
dia.