O que se sabe sobre ataque racista que matou 10 em supermercado nos EUA
Um homem branco de 18 anos matou 10 pessoas a tiros em um bairro negro do Estado americano de Nova York no que autoridades consideram ser um crime de ódio motivado por racismo.
O homem, identificado como Payton Gendron, foi preso no local — um supermercado na cidade de Buffalo.
O suspeito entrou na loja na tarde de sábado (14/5) antes de abrir fogo. Ele transmitiu ao vivo o ataque pelas redes sociais.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o que chamou de ato "abominável".
"Estamos investigando este incidente como um crime de ódio e um caso de extremismo violento com motivação racial", disse Stephen Belongia, do escritório do FBI (polícia federal americana) em Buffalo, acrescentando que há evidências de "animosidade racial".
A emissora americana CBS noticiou que o agressor gritou insultos raciais ao abrir fogo. Ele também aparentemente postou um manifesto online que incluía linguagem e ideias racistas.
Acredita-se que o suspeito tenha dirigido por cerca de 320 km para chegar à área predominantemente negra da cidade. Treze pessoas foram baleadas no total e a maioria das vítimas era negra, disse o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia.
"Ele saiu de seu veículo. Estava fortemente armado. Tinha equipamento tático. Tinha um capacete tático. Tinha uma câmera que estava transmitindo ao vivo o que estava fazendo", disse Gramaglia a jornalistas.
Segundo o comissário de polícia, o suspeito entregou sua arma e foi preso. Mais tarde, ele apareceu no tribunal acusado de assassinato em primeiro grau.
As três vítimas feridas — que trabalhavam no supermercado — não sofreram ferimentos graves.
Um policial aposentado que trabalhava como segurança tentou atirar no suspeito, mas acabou sendo morto, informou a polícia.