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16/07/2009 00:00:00

Politíca


Politíca

com gazetaweb // colaboração reneé le campion

A sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quarta-feira (15) foi marcada pelo retorno dos deputados afastados pela operação ‘Taturana’, acusados de desviar R$ 300 milhões dos cofres da ALE. Os parlamentares puderam voltar ao exercício de suas atividades na Casa Tavares Bastos devido à decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a sessão, os deputados discursaram sobre o período de afastamento e aproveitaram a oportunidade para se defenderem das acusações que sofreram. A pauta desta quarta foi a discussão do projeto sobre o Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a prestação de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que foi aprovado por unanimidade.

Cícero Ferro critica Poder Judiciário

No início da sessão, o deputado Cícero Ferro (PMN) discursou sobre o seu retorno e de seus colegas, indiciados pela Polícia Federal (PF). Durante a preleção, o deputado fez críticas severas ao Poder Judiciário alagoano. “Passamos 1 ano e quase quatro meses afastados porque a Justiça de Alagoas não obedeceu à Constituição Estadual e Federal. O Estatuto Parlamentar diz que um deputado estadual não pode ser afastado pelo judiciário”.

Ele disse ainda que irá recorrer contra o desembargador Antonio Sapucaia e contra o juiz Gustavo de Souza Lima. “O desembargador [Sapucaia] para ter os seus 15 minutos de fama afastou os deputados sem obedecer à constituição. Agora, após desviar R$ 1,74 milhão - que ele vai ter que pagar ao CNJ - ele se calou. Nós fomos julgados, condenados, mas não tivemos o direito de defesa” – declarou.

Ferro chegou a criticar a presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Elizabeth Carvalho. “A presidente do TJ também fez acusações a mim. Irei reagir conta todos aqueles que feriram a Constituição Federal”.

Deputados agradecem e se mostram satisfeitos por retornarem à ALE

Aproveitando o ensejo, o deputado Marcos Ferreira (PMN) agradeceu àqueles que o apoiaram durante o período de afastamento. “Não podemos esquecer, também, dos nossos advogados, que nos ajudaram a voltar. Alagoas estava vivendo descompassos na sua legitimidade política e jurídica” – acrescentou.

O deputado Nelito Gomes de Barros (PMN) enfatizou, durante discurso, o sofrimento por qual passou. “Foram momentos muito difíceis. Fomos massacrados pela mídia e por aqueles que queriam denegrir a nossa imagem. Estou de cabeça erguida e muito feliz em voltar. Precisava tirar este peso das costas, esta injustiça pela qual passei” – detalhou.

A Gazetaweb tentou entrar em contato - por telefone - com Antônio Sapucaia mas não conseguiu. A esposa do desembargador atendeu pelo número convencional da sua casa e informou que o mesmo havia saído no início da tarde e ainda não retornado.   
 

 

 

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