A autorização do Ministério da Saúde (MS) para a utilização de 20 mil quilos de larvicida vencido em todo país não foi bem aceita pelo Sindicato dos Agentes de Saúde (Sindacs) de Maceió. O produto é utilizado para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Fernando Cândido, presidente do Sindacs, disse que o MS deveria investir na atenção primária e não colocar a população em risco.
Em entrevista ao Cada Minuto, Fernando disse que o produto foi adquirido em 2017 e que a validade é de um ano. “Nós estamos em um período que a incidência de doenças provocadas pelo mosquito tem aumentado de forma significativa”, disse.
Conforme o presidente, o Ministério Público deveria fazer um investimento maior na atenção primária. “Até porque cuidar da população não é gasto, é investimento e evitaria muitos casos de alta complexidade, como por exemplo, a zika e microcefalia”, explicou.
Sobre os riscos da utilização do produto, Fernando disse que ainda é uma incógnita, mas que vai convocar o Ministério Público Estadual e o Federal para que eles possam apurar quais serão as consequências que a população.
“Imagine se esse produto não fizer efeito e contaminar as águas, não matar as larvas? Os prejuízos serão bem maiores”, finalizou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que havia recolhido o larvicida, conforme orientação do Ministério da Saúde, em dezembro, mas que com a realização do reaprazamento, o material voltou a ser utilizado nas visitas domiciliares.
Cada Minuto