O número de denúncias de violência contra idosos aumentou 5,5% em Alagoas no ano passado, na comparação com 2017, segundo levantamento divulgado nesta semana, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. De acordo com os dados, em 2018 o Disque 100 registrou 345 denúncias, contra 327 registradas no ano anterior.
O levantamento mostra ainda 233 vítimas de violência no ano passado eram mulheres - o equivalente a 67,5% do total. Os idosos do sexo masculinos vítimas de violência somaram 131. Outros 19 casos não tiveram o sexo informado.
A faixa etária mais violentada em Alagoas no ano passado, segundo o levantamento do governo federal foi entre 76 e 80 anos de idade, com 93 casos. Em seguida aparecem os idosos entre 66 e 70 anos, com 60 casos, e entre 61 e 65 anos de idade, com 58 casos.
Já o perfil do suspeito de violência contra os idosos no Estado é na maioria mulheres, com 255 casos. Os homens foram suspeitos em 207 casos. Outros 107 não havia informação.
Em sua maioria - com 335 registros - o suspeito era filho da vítima. Em segundo lugar, aparecem genro e nora como suspeitos, com 25 casos, seguidos de irmão (15 casos), marido e esposa, com dez casos, cada.
Em 75,6% dos casos, o local onde ocorreu a violência foi a própria casa da vítima, seguidos de casa do suspeito, com 16 ocorrências, e outros locais não indicados, com 14 registros.
Entre os tipos de violência psicológica registradas em Alagoas a hostilização aparece em primeiro lugar, com 163 casos, seguida de humilhação (123 casos) e ameça (46).
O documento do ministério também revela que entre os casos de violência de negligência contra os idosos alagoanos, 251 deles dizem respeito a negligência em amparo e responsabilização, 173 foram negligência em alimentação, 159 negligências em medicamentos e assistência à saúde, e 136 negligências em relação à limpeza e higiene.
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