Empresário afirma que Frigovale não faz outra coisa a não ser lesar e roubar os marchantes

Redação com Assessoria

Com faixas e cartazes protestando contra as medidas da Frigovale de ficar com grande parte dos animais abatidos no frigorífico e de não respeitar o contrato firmado entre a empresa e os marchantes, representantes da categoria participaram, na noite dessa terça-feira (2), de uma tribuna livre para discutir o assunto. O debate que teve início logo após a sessão ordinária da Casa Herbene Melo se prolongou até a madrugada desta quarta-feira (3).

A proposta da tribuna livre foi feita após requerimento do vereador Pablo Fênix, que solicitou à prefeitura de Arapiraca cópias do contrato de concenssão entre a empresa e a administração municipal em razão das graves denúncias contra a Frigovale, que vão desde o mau cheiro no Conjunto Residencial Brisa do Lago até o desvio de grande parte do abate, conforme denunciaram os próprios marchantes durante a tribuna livre. 

Se posicionaram 

O empresário Carlos Albuquerque, do açougue do Pedrão, um dos representantes dos marchantes, foi claro ao afirmar categoricamente que a Frigovale estaria roubando os marchantes e pediu uma providência urgente das autoridades presentes. Segundo ele, os trabalhadores estão tendo um grande prejuízo em detrimento de uma empresa que não pensa em outra coisa a não ser lesar os trabalhadores.

O representante da Adeal lamentou que os marchantes estejam sendo perseguidos pela Frigovale e garantiu que vai continuar dando total apoio a eles, além de parabenizar o Poder Legislativo pela realização da tribuna livre. Ele também lamentou a ausência de representantes da administração municipal e enfatizou a importância da Frigovale na economia de Arapiraca, porém deixou claro que é preciso respeitar os trabalhadores que são pais de famílias.

O Defensor Público Marcos Antônio da Silva Freire disse que o órgão não tem partido, mas trabalha em defesa daquele que não pode constitur um advogado e esse papel está fazendo. Ele confirmou o mau cheiro. Inclusive uma moradora do Brisa do Lago disse que na escola alunos e professores estariam usando máscaras para evitar problemas respiratórios. 

O representante da Cooperativa dos Machantes de Alagoas, Marlos dos Santos, também criticou duramente as ações da Frigovale. "A empresa só pensar em lucrar e deixam de lado os marchantes, os principais responsáveis pelo sucesso da mesma", afirmou. “Quando eu abrir esta pasta aqui os senhores vereadores vão ficar estarrecidos com o número de denúncias graves contra esta empresa”, completou.  

Vereadores 

Dos 17 vereadores, compareceram 16. Todos que usaram a tribuna se mostraram indignados com a tranquilidade do diretor da Frigovale, que em nenhum momento se mostrou constrangido com as críticas atribuidas a empresa. 

O desconforto maior entre os parlamentares aconteceu no momento em que o diretor da Frigovale, Jailson Gomes, mostrou aos parlamentares dois documentos, um que atestava que ele teria sido destituído da direção da empresa, por dois sócios, e outro que lhe dava o direito de permancer no comando da Frigovale através de uma liminar da justiça.

Ao final da tribuna livre, o presidente Jário Barros, garantiu que a documentação requerida pelo vereador Pablo Fênix à Prefeitura de Arapiraca vai ser analisada e avaliada pelo jurídico da Câmara em caráter de úrgência. 

Nos próximos dias será realizada uma audiência pública com a presença do Ministério Público Estadual, Ima, Adeal, Prefeitura de Arapiraca, OAB, entre outras entidades. 

Diário de Arapiraca