O ataque a tiros que deixou, ao menos, dez mortos em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (13), preocupa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal). De acordo com a presidente da entidade, Maria Consuelo, é preciso que políticas públicas sejam revisadas nas escolas, para que a situação não aconteça no estado.
Conforme Consuelo, falta segurança nas unidades de ensino. "Vivemos em um País inseguro. O problema da violência não está somente na falta de segurança dentro ou fora das escolas. Está nas nossas condutas também. Por isso que temos que rever as políticas públicas", disse ela, acrescentando que o ataque ocorrido em São Paulo seria pior, caso estivesse em vigor o decreto que facilita a posse de armas no Brasil.
A presidente do Sinteal informou que, em Alagoas, é comum escolas não contar com a segurança necessária, afetando tanto os alunos quanto os funcionários. "Antigamente tínhamos escolas seguras, com portões fechados e vigias. Tínhamos todo um aparato que garantia a segurança dos alunos e que deixavam os pais tranquilos. Contudo, tudo mudou de um tempo para cá. Algumas, até, estão abandonadas", disse.
Consuelo contou, ainda, que é comum invasões nas escolas do estado por parte de indivíduos armados. "Várias escolas daqui sofrem pela falta de segurança. Ano passado um jovem armado entrou na escola Benedita de Castro poque não tinha vigia. Na ocasião, um grupo da entidade estava lá e teve que se esconder na cozinha por medo. Ao meu ver, é uma situação preocupante e que precisa ser debatida com as autoridades", concluiu.
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