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Alagoas
04/10/2018 14:07:00

Faltam 9 jogos: O que o CRB precisa para não cair neste ano?


Faltam 9 jogos: O que o CRB precisa para não cair neste ano?
Ilustração

Em situação complicada dentro da zona do rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro, o CRB precisa reagir para não cair. O CRB é o 17º colocado da Série B com 31 pontos, abrindo o Z4, apenas um atrás do Juventude, primeira equipe fora da zona do rebaixamento.

Nas próximas rodadas, o Galo enfrenta Ponte Preta e Paysandu fora de casa. O Galo só volta a jogar no Rei Pelé na sexta-feira, dia 19 de outubro, quando recebe o Goiás, postulante a Série A, pela 32ª rodada.

Matemática

A tabela hoje é tão inimiga quanto o ataque do CRB. O time marcou apenas 21 vezes em 29 jogos e empata com o Juventude como o pior ataque do campeonato. E, claro, quem não marca não vence: o time registrou apenas 7 vitórias.

Saber que seu maior rival, o CSA, é candidato direto a uma das quatro vagas na Série A do ano que vem não ajuda muito. O Azulão venceu duas vezes mais e marcou quase o dobre de vezes.

Mas, em momentos de desespero, seu pior inimigo pode ser um aliado. O CSA tem nos seus próximos 8 jogos alguns rivais diretos do CRB, como o Brasil de Pelotas (hoje 3 pontos à frente), Sampaio Corrêa (2 atrás), e Juventude (1 na frente).

Porem, melhor que depender do rival é se garantir com as próprias pernas. Algo que o CRB precisa mais do que nunca. Com nove jogos faltando, incluindo o deste sábado, o Galo tem 27 pontos a serem disputados.

Começando pelo óbvio: o foco tem que ser na vitória. Vencer as nove partidas, diante deste cenário, é um desafio impossível, mas o galo precisa se atentar ao histórico dos nacionais e vencer o maior número de partidas que conseguir. E chega de perder: apenas os times que estão atrás na tabela foram derrotados mais vezes.

Histórico

Conquistando hipotéticas quatro vitórias, o CRB, hoje com 31 pontos, chegaria aos 43. Não é uma pontuação ideal. Na última década, apenas em quatro oportunidades o time com esta pontuação não caiu. Isso porque, em 2012, o Galo caiu ostentando 42 pontos.

Entre 2008 e 2012, apenas em uma oportunidade o lanterna do campeonato não ficou tão distante do 16º, posição que assegura permanência no campeonato. Mais disputado, a Série B de 2010 teve um lanterna com absurdos 41 pontos. O Brasiliense, com 46, caiu em um campeonato bem equilibrado.

Em 2018 o Boa Esporte, com um jogo a menos que o Sampaio Corrêa, destoa, mas não ficaria tão distante do Juventude, atual 16º. Em 2008, por exemplo, o CRB com um campeonato inteiro marcou dois pontos a menos, apenas 24.

Não que um lanterna fraco permita uma pontuação segura mais baixa. Em 2008, 45 não garantiu uma vaga ao Marília e em 2011 o Duque de Caxias marcou vergonhosos 17 pontos e o Icasa, mesmo com 47, caiu. Para se manter, o ASA precisou chegar aos 48 pontos.

Portanto, se vencer mais da metade de seus últimos jogos neste ano, cinco dos nove restantes, o galo chegaria aos 46 pontos… O que nem mesmo assim, hoje, matematicamente, garantiria a permanência.

Nos campeonatos dos últimos 5 anos, a situação de indefinição é a mesma. Por duas vezes times com 43 pontos caíram. Um caiu com 44. Depois de tantos empates entregues, gols levados no último minuto ou, pior, chances claras de gols não convertidas, a coisa se encaminha para um momento perigoso: no ritmo que está, o CRB deixará de depender das próprias pernas e depender dos adversários.

Projeções

Neste mês, o CRB só jogará em casa uma vez, contra o Goiás, atual segundo colocado, no dia 19. Além de Ponte Preta nesta sexta e Paysandu no dia 9, Galo encerra o mês enfrentando o São Bento, atual 14º.

A Ponte Preta está no meio da tabela, com 37 pontos e o Paysandu empata com o CRB em número de pontos, tendo um ponto a menos. Estes são os jogos chaves da campanha para guinada! É possível vencer a Ponte, mas saindo de Campinas ao menos com um empate e vencendo o Paysandu (não há outra opção), o Galo estaria com 35 pontos.

Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás

O São Bento, último jogo do mês, pede ao menos um empate. Curiosamente, contra o Goiás, mesmo fora de casa, é o jogo que se compreende uma derrota. O CRB vem sofrendo com descontentamento da torcida e o time goiano luta para subir. Sendo assim, neste cenário ‘realista’, o Galo encerraria outubro com 36 pontos.

Na reta final em novembro são cinco jogos, sendo três deles em casa. Nos dias 3 e 6, há o confronto direto. Contra o atual lanterna, o Galo joga pela vitória diante do Boa Esporte no primeiro jogo do mês e logo depois o primeiro time fora do G4 no momento, o Juventude.

Com o Boa, há obrigação de vencer não se pode perder este jogo. Contra o Juventude, o cenário é outro. Será um jogo tenso, contra um time de tradição nacional e que também luta para não cair. Perder não seria necessariamente o fim do mundo, apesar de um empate ser uma boa pedida. Fechando com uma derrota neste cenário, o CRB partiria para 39 pontos.

Depois disso, o Galo viaja para o Sul do país enfrentando Criciúma no dia 10 e Londrina no dia 16. O primeiro time hoje tem 40 pontos, está no meio da tabela, não teme o rebaixamento e nem tem como subir de divisão. Seria um adversário desmotivado. Dá pra vencer. É o mesmo cenário do Londrina. Claro, ambos podem entrar com times reservas e jogadores motivados para mostrar empenho ao treinador. Uma vitória e uma derrota não são tão inatingíveis. O CRB poderia sair de lá com 42 ou 43 pontos. Até mesmo 46.

Surge então o último jogo, contra o Figueirense, no Rei Pelé, no dia 24 de novembro. Outro adversário do Sul, que hoje está no meio da tabela. Não há outro cenário aceito nesta situação que não seja a vitória. E se tudo for seguido como no script, o CRB terminaria o campeonato com 45, 46 ou 47 pontos.

Foto: Douglas Araújo/Ascom CRB

A depender de projeção, seriam ao menos quatro vitórias e pelo menos três empates. Isso ainda sem se atentar na projeção dos adversários: mesmo com 47 pontos, times já caíram.

O torcedor do CRB já sabe: a situação não é fácil e tanto a tabela quanto uma projeção como esta (que, convenhamos, pode nem acontecer) não garante o time na Série B. Entretanto, diante de sonhos e devaneios, o Galo depende antes de tudo de uma coisa para se manter na segunda divisão: de si mesmo. São nove jogos para não ser rebaixado na Série C. É difícil, mas não impossível.



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