A famosa “pressão alta” tem nome: Hipertensão Arterial Sistêmica. Trata-se de uma doença silenciosa que faz parte de um grupo específico chamado “Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, classificado assim pelo Ministério da Saúde.
Quando o debate entra em Hipertensão Arterial, é um pouco difícil de dizer. A doença não tem predileção por gênero masculino ou feminino, etnia (branco, negro, pardo, etc), peso (gordo ou magro) ou hereditariedade.
O que se sabe é que existem diversos meios de se desenvolver a hipertensão arterial. Frequentemente ela é associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais ou estruturais de órgãos ou, ainda, pela influência de certos fatores de risco como:
Geralmente, o quadro de hipertensão arterial é aparente quando, durante a aferição, temos um valor igual ou superior ao de 14×9 (ou 140×90 mmHg). Isso significa que ter a pressão 15×10 é perigoso, mas o diagnóstico preciso é realizado através de um controle no consultório e em casa (também durante o sono) para confirmação.
No entanto, quando os valores ultrapassam 14×9 (140x90mmHG) na primeira consulta, o Ministério da Saúde aconselha iniciar o tratamento medicamentoso e acompanhar sua redução levando em consideração a certificação dos seguintes parâmetros:
Como dito anteriormente, existem diversas causas para o aumento da pressão arterial, o que faz com que seus limites normais sejam um tanto quanto arbitrários. No entanto, na maioria dos casos os profissionais da saúde seguem os seguintes parâmetros:
Ainda assim, existem algumas situações dignas de nota, uma vez que elas também são capazes de reproduzir o aumento da pressão arterial de maneira temporária:
No Brasil, aproximadamente 32,5% (36 milhões de pessoas adultas) dos habitantes do país são portadores de Hipertensão Arterial. Dessa porcentagem, mais de 60% são idosos e 50% desses indivíduos acabam contribuindo de forma direta ou indireta no aumento dos números de pessoas que morrem com doenças cardiovasculares todos os anos.
Só em 2013, de 1.138.670 de pessoas que morreram, 339.672 delas (29,8%) morreram por causa de problemas cardiovasculares advindos do aumento da pressão arterial.
Não só os números são preocupantes, como também o que vem com eles: as consequências e o impacto familiar que vem com elas. Assim sendo, é claro que ser portador de uma pressão 15×10 é perigoso.
Um dos principais problemas vinculados ao aumento da pressão arterial é a distensão de vasos sanguíneos. Esses vasos, geralmente recobertos por uma camada externa e outra interna de característica fina e delicada, acabam sendo lesionados durante a circulação aumentada e, em alguns casos, acabam se rompendo.
Quando o rompimento desses vasos não acontece, uma outra situação é possivelmente esperada: seu endurecimento, estreitamento e consequente favorecimento ao acúmulo de gordura e trombose, ambos prejudiciais para a saúde.
Quando um vaso “entope” ou obstrui próximo ao coração, o indivíduo sofre com angina, o que antecede o infarto. Próximo ao cérebro, o vaso obstruído leva ao famoso “derrame”, também conhecido Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Já próximo aos rins, ele interrompe o bom funcionamento da filtração glomerular – que visa eliminar as toxinas do organismo através da urina – ou até mesmo interrompem seu funcionamento, favorecendo ainda mais o desenvolvimento e estabelecimento de doenças que possuem potencial de levar a óbito.
Uma pressão arterial má controlada pode lesionar os órgãos internos, levar à perda de visão e até mesmo a amputação de membros, ela não se limita apenas a prejudicar um pouquinho aqui e ali.
Ter a pressão 15×10 é perigoso, e isso não é só porque ela está nessa situação. A partir do momento em que a pressão ultrapassa a cota da normalidade, ela já é capaz de limitar suas ações, criar outras situações de mal-estar e, ainda, interferir no seu sentimento de bem-estar geral.
Dificilmente os sintomas estarão aparecendo durante o dia a dia para mostrar que a doença está instalada. As dores na nuca, a tontura e o mal-estar só aparecem quando a condição já está em uma fase bem avançada, o que dificulta o prognóstico e o sucesso do tratamento.
Afinal, a pressão arterial é consequência da “força” que o sangue faz contra as paredes dos vasos para conseguir circular pelo organismo inteiro. O coração, inclusive, bombeia de 5 a 6 litros de sangue por minuto que, por sua vez, se encarrega de nutrir os demais órgãos e auxiliá-los a desempenhar suas funções: é tudo muito rápido.
Em 90% a 95% dos casos, é muito difícil descobrir a causa exata da hipertensão, segundo o Dr. Drauzio Varella. Mas, mas uma coisa é certa: os maus-hábitos são precursores da doença e estimulantes da sua instalação. Para evitar o perigo, é preciso:
Infelizmente, o aumento da pressão arterial é uma doença que não tem cura. É como um balanço natural do organismo que somos obrigados a manter e o negligenciamos.
É preciso medicar-se ou lutar para o combate a ela com todas as forças e para sempre. Você sabia? A instalação dos bons hábitos diários é capaz de reduzir significativamente a pressão arterial e servir de prevenção a diversas outras doenças. Que tal mudar de vida hoje?
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