G1
A endocrinologista Maria Fernanda Barca afirma que viu o estudo antes dele ser publicado em um congresso europeu e diz que há uma grande discussão envolvida: a obesidade tem um impacto grande na qualidade de vida, há alterações na capacidade física, na pele, os indivíduos em geral são mais deprimidos.
O estudo da "Clinical Obesity", diz ela, analisou o impacto de doenças metabólicas somente. Maria Fernanda sinaliza, no entanto, para a importância de investigações futuras sobre o tema.
"Essa investigação é importante porque há dificuldade em perder peso. E as diretrizes, no entanto, indicam a perda de peso para todo mundo."
"Claro que a obesidade afeta a qualidade de vida de obesos e eles se beneficiariam da perda de peso pela parte física, como no impacto sobre as articulações. Mas a parte metabólica precisa ser melhor investigada em pesquisas futuras" -- Maria Fernanda Barca (endocrinologista).
Cientistas classificaram obesos a partir do IMC (35 kg/m²) e também compararam essa obesidade com base no IMC com à chamada "obesidade central ou abdominal" -- essa última mais fortemente associada com doenças metabólicas.
"O estudo não mostrou diferença entre um e outro. E não está claro o porquê isso aconteceu, uma vez que a gordura abdominal está ligada à síndrome metabólica e à hipertrigliceridemia [alto índice de tiglicérides (gordura) no sangue]", diz Fernanda Barca.