Uma pesquisa do
instituto Datafolha, divulgada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de
S.Paulo, mostra que o apoio dos brasileiros à adoção da pena de
morte no país nunca foi tão grande. Questionados, 57% se disseram a favor
desse tipo de punição no final de 2017. Em 2008, data do último levantamento,
esse percentual era de 48%.
Os
que se disseram contra caíram, de 46% no último levantamento, para 39% na nova
pesquisa. Os que responderam não ter opinião formada sobre o assunto foram 3% e
os indiferentes, 1%. O Datafolha ouviu 2.765 pessoas nos dias 29 e 30 de
novembro do ano passado.
A
pena de morte é proibida no Brasil desde a Proclamação da República, em 1889. A
única exceção prevista pela Constituição brasileira é “em caso de guerra
declarada” pelo presidente e referendada pelo Congresso Nacional. Verificado
pelo Datafolha desde 1991, o apoio à pena capital ficou próximo aos índices
atuais em 1993, 1995 e 2007, quando oscilou entre 54 e 55%.
A
pesquisa também verificou que o apoio à pena de morte é menor entre quem tem
ensino superior (50%). Entre os que tem renda média de até cinco salários
mínimos, a defesa da pena de morte é feita por 58%. De cinco a dez salários
mínimos, o número cai para 51%. Quando se analisam especificamente os que
ganham mais de dez salários, o apoio é de 42%.
Em
relação ao recorte de gênero, 60% dos homens e 54% das mulheres são favoráveis
à pena de morte. O Datafolha também fez a análise por religião: os que mais
defendem a punição são os católicos (63%) e os mais reticentes são os ateus
(apenas 46% defendem). Em relação aos presidenciáveis, 72% dos simpatizantes do
deputado Jair Bolsonaro declararam apoio à medida.
Fonte: Veja.com