MSN - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi citado em áudio divulgado na semana passada em que, supostamente, o juiz Glaucenir Oliveira aparece acusando-o de ter recebido uma mala de dinheiro para soltar o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e para tirar a tornozeleira de Rosinha.
Além
de o próprio Gilmar já ter solicitado ao corregedor nacional de Justiça,
ministro João Otávio Noronha, e ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia,
investigação do fato, veementemente negado por ele, dez ministros do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) redigiram nota pública contra Glaucenir Oliveira.
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“Tal
episódio receberá o exame devido pelos órgãos competentes, mas representa
perigoso precedente contra toda a magistratura e todos os fundamentos do Estado
democrático de Direito”, diz o texto.
“Não
se permite que, sem nenhuma prova, por ouvir dizer nas ruas, um juiz possa
desqualificar outro apenas porque decidiu um caso de maneira contrária ao que
examinou a questão anteriormente”, assinalam os ministros.
Glaucenir
Oliveira, da Vara em Campos dos Goytacazes, foi o responsável por mandar
prender o ex-governador por duas vezes. No áudio, que circulou em grupos de
WhatsApp e é atribuído a ele, acusa Gilmar Mendes de receber propina.
“A
gente leva pedrada, tiro, enquanto o grande general desse poder judiciário que
é ele agora, parece que é o dono do poder, mela o trabalho sério que a gente
faz, com sarcasmo, falta de vergonha, e segundo os comentários que ouvi hoje,
comentários sérios de gente lá de dentro, é que a mala foi grande”, afirma.