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26/06/2012 11:25:30

“Plano é o último tiro para acabar com a fera”, diz desembargador


“Plano é o último tiro para acabar com a fera”, diz desembargador
Futuro Presidente do TJ Desembargador José malta Marques

cadaminuto //

michelle farias e gilca cinara

 

Faltando apenas um dia para a apresentação do Plano Nacional de Segurança, o projeto já é aguardado com grande expectativa por muitas autoridades em Alagoas, para obter um resultado positivo no combate à violência.

 

Estado mais violento do País, Alagoas sairá na frente e vai receber o primeiro projeto piloto da nova política nacional de segurança.

 

Durante reuniões de trabalho para a construção do Plano Nacional de Segurança, em Brasília, o ministro da Justiça Eduardo Cardozo disse que o estado criou um ambiente necessário à execução das ações pactuadas, como o mapeamento das áreas mais violentas e fornecimento de informações sobre a criminalidade.

 

Em entrevista ao CadaMinuto, o desembargador José Carlos Malta,  próximo presidente do TJ-AL, afirmou estar muito esperançoso com implantação do projeto, já que a violência se alastrou. “A minha esperança é total para esse plano, mesmo não sabendo como será desenvolvido. Esse é o último tiro que temos para abater essa fera (violência)”, disse Marques.

 

O Plano de Segurança prevê investimento de R$25 milhões do Governo Federal, em contrapartida do Governo de Alagoas investe R$18 milhões, para aquisição de equipamentos, oferta de cursos de capacitação e aperfeiçoamento da polícia técnica.

 

O plano prevê ainda, a criação de um Departamento de Homicídios, que terá a sua sede próximo ao Palácio da República, e delegados e policiais terão curso de investigação de assassinatos.

As metas do projeto, trabalho de um ano de estudo, vão abranger vários pontos que envolvem a segurança nos locais onde os índices de criminalidade são mais acentuados. Haverá ainda uma força-tarefa no sistema prisional e outra para agilizar inquéritos. Mais de 100 câmeras serão instaladas em áreas violentas, principalmente na capital.

 

Também está previsto investimento para a aquisição de rádios de comunicação e helicópteros. Os governos estadual e federal já estão comprando tablets para os policiais usarem nas ruas. Alagoas será dividida em “distritos” e haverá o acompanhamento mensal do número de homicídios e demais casos de violência numa “sala de situação”.

 

Opiniões

 

O CadaMinuto foi às ruas para saber da população o que ela espera desse plano. Veja as opiniões sobre o plano:

 

Rosário Feitosa, dona de casa que teve o filho assassinado em 2010:“Meu filho era trabalhador, e infelizmente foi confundido com um traficante foi assassinado com vários tiros. Isso não pode mais acontecer, ele era meu único filho e infelizmente foi mais um para as estatísticas”, disse emocionada.

 

Walker Carvalho, corretor: “Isso é uma ‘tentativa’, mas a meu ver, essa violência só diminuirá cortando o mal pela raiz. É um trabalho social que deve ser desenvolvido com o tempo, isso que eles estão querendo fazer é um tratamento de choque, que servirá apenas como um paliativo. Pois hoje o que reina em nosso estado é fruto principalmente do descaso dos chefes de estado para com o seu povo. Esses milhões que serão investidos, essa capacitação, de nada servem para uma sociedade criminalizada, onde eles sempre arrumem meios de driblar essa segurança”.

 

Bruno Morais, universitário: “Querer que a impunidade seja dizimada, e a violência reduzida com ‘fazer de conta’ é querer chamar os alagoanos, no mínimo, de leigos. Não é possível que a Justiça se faça sem uma perícia forte, dignificada, respeitada e dedicada a produzir provas científicas inquestionáveis e de forma célere”.

 

Ygor Rodrigues, engenheiro: “Parece ser uma boa pra população, seremos mais vigiados. Mas, é importante que os policiais recebam treinamentos adequados. Ficaremos mais seguros com as câmeras e elas podem inibir os pequenos furtos e assaltos, uma vez que, estaremos sob constante vigilância”.

 

Daniela Costa, empresária: “Acredito que a solução não é essa proposta. Deveriam criar programas de capacitação profissional ligados diretamente ao incentivo do primeiro emprego, isso ajudaria na ocupação dessas pessoas que não possuem oportunidades e infelizmente se envolvem com o crime”.

 

Kaio Pimentel, analista de sistema: “Esse programa é apenas um paliativo e não pode ser encarado como solução. A solução, não só para o estado, mas para todo o país é educação, pois, se tivesse uma educação de qualidade, se as mentes fossem ocupadas, essa violência desenfreada não aconteceria”.  


 



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