A Eletrobrás lançou mais uma campanha para combater o furto e a perda de energia no estado de Alagoas. Porém, um dos pontos mais gritantes entre os consumidores, sejam eles residenciais, comerciais, industriários e públicos, com a empresa fornecedora de energia, é o atual débito que gira em torno de R$ 200 milhões.
De acordo com o diretor comercial da Eletrobrás Distribuição Alagoas, Almir Pereira, o crescente valor de dívidas no Estado, é considerado normal para residências e estabelecimentos comerciais, mas assusta quando se trata de industrias e prédios públicos.
“O débito maior junto à Eletrobrás é do setor industriário. Essa situação é constantemente revisada e ainda não encontramos um denominador comum. Com relação ao poder público, é uma situação que está sendo resolvida, mas não depende apenas da Eletrobrás”, afirmou.
Segundo informações obtidas pelo CadaMinuto junto à Eletrobrás, dos 102 municípios alagoanos, a grande maioria possui algum tipo de débito com a empresa, sejam eles por administrações atuais ou passadas, e apenas duas cidades ainda precisam regularizar a situação. Nos últimos anos, vários prédios públicos, inclusive sedes de prefeituras, tiveram o fornecimento de energia cortado. Porém, a empresa tem apresentado soluções para que este tipo de situação não seja constante, mas pede no mínimo, adimplência das contas atuais.
De acordo com o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Iluminação Pública (CIGIP), alguns municípios já encerraram seus respectivos parcelamentos e se encontram em situação de adimplência com a Eletrobrás.
“A Eletrobrás, juntamente com o Tribunal de Justiça e um consórcio que gere 70% dos municípios, está oferecendo tratamento diferenciado, com juros menores, isenção de multas e maiores parcelamentos. Porém, nós exigimos que o consumidor, nesse caso, o administrador público seja adimplente pelo menos com as contas atuais”, disse Pereira.
Diante da situação, o presidente da Eletrobrás em Alagoas, Marcos Madureira, afirmou que as campanhas que vem sendo feitas servem para combater em todos os setores a perda de energia e um fornecimento de qualidade, além de uma maior distribuição em zonas consideradas de difícil acesso
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paulo canchey junior