Uma alternativa de transporte que promete ser rápida, barata e eficiente, mas que ainda está no cerne de uma celeuma que envolve insegurança e regulamentação. Caso não fossem ilegais, os mototaxistas poderiam até facilitar a vida de muita gente que carece de alternativas para o transporte urbano.
Mesmo sem regulamentação, os mototaxistas estão espalhados por toda a cidade. Pelas esquinas bairros a fora, pode-se ver tendas com placas indicando o serviço de transporte. Eles fixam cartazes pela cidade, entregam cartões de visita, alguns até contam com centrais de atendimento.
A proliferação do serviço é maior na parte alta da cidade em bairro como Tabuleiro do Martins, mas também pode ser vista no Jacintinho e na Mangabeiras.
A reportagem do Tudo Na Hora, entretanto, descobriu que o transporte oferecido pelas motos pode não ser tão tão barato e ainda trazer riscos para os passageiros.
Uma das empresas de mototaxistas informou que a corrida pode ser agendada, assim como os táxis, o usuário pode ligar e solicitar que o mototaxista vá ao seu encontro, basta ligar e dizer qual o destino, que a atendente informa o quanto custará a corrida. Para ir do Farol ao Tabuleiro do Martins, por exemplo, a empresa cobrou R$ 15, já para ir até Mangabeiras, o preço é R$ 7. Para quem quiser ir a uma cidade do interior, a exemplo de Rio Largo, a empresa cobra R$ 40. No ônibus urbano esse valor custa pouco mais de R$ 2,00.
Apesar de estarem sendo bastante solicitados, nem todos os usuários confiam no serviço. É o caso da estudante Roziele dos Santos, de 18 anos, que tem medo dos acidentes. “Só usei mototáxi umas cinco vezes. Vejo muita notícia de acidente com moto, aí não gosto. E eles andam muito rápido, são imprudentes”, denunciou.
Já a médica veterinária Laiz Carla Araújo, de 20 anos, diz que a única reclamação que tem a fazer é quanto ao preço. “Eles cobram muito caro. Alguns pedem R$ 5 pra uma corrida do Feitosa para o Jacintinho. Você precisa ver aqueles que são mais baratos, porque se tiver tempo é melhor ir de ônibus, sai menos caro”, explicou. Ela afirma que eles são vantajosos por conta da rapidez.
Prefeitura não pretende regulamentar atividade
A atividade entretanto, não é vista com bons olhos pelos órgãos de fiscalização do município. O próprio prefeito Cícero Almeida já falou que não tem interesse na regulamentação da profissão, segundo falou à reportagem do Tudo na Hora o assessor especial de Trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, Josemeer Lima. “Estamos realizando vários estudos para ver a viabilidade do projeto, mas o prefeito já demonstrou que não é favorável à sua aprovação", disse.
tudonahora //