Com maceioagora // Fonte painel de noticias
Em uma carta aberta a população de Alagoas, o Sindpol afirma que o número de assassinato em Alagoas nos últimos cinco anos chega a 9.815, superior até a população de 26 municípios alagoanos.
Segundo o texto, “as vítimas dessa tragédia, na sua maioria, são jovens e pobres que, de alguma forma, estão relacionados ao tráfico e consumo de drogas, em destaque o ‘crack’, que está devastando as pequenas cidades bem como a capital. O sangue da nossa juventude mancha a alma alagoana”.
No documento, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas pede a população alagoana que ajude a divulgar a carta aberta e a conseguir um encontro com o governo para discutir a pauta salarial e as outras reinvidicações do movimento grevista.
As críticas na nota não foram somente endereçadas a política de segurança pública do Estado, mas também a Justiça, como quando diz que “o Tribunal de Justiça proíbe preventivamente qualquer tipo de greve. A multa estipulada em caso de descumprimento é de R$ 10.000,00 por dia e processo administrativo. Com essa imposição, os policiais ficam proibidos de reivindicar. O direito à greve, consagrado na Constituição Federal, foi suprimido em Alagoas”.
Também é citada a dívida do Estado de Alagoas, que segundo o Sindpol “vive mergulhado numa eterna crise econômica, fruto da oligarquia ligada à indústria sucroalcooleira que se reveza no poder há mais de um século. Com uma dívida pública de mais de sete bilhões de reais (sem nenhuma grande obra a justificar), mês a mês os alagoanos são obrigados a saldar parte desse valor, fruto de sucessivos acordos implementados pelos governadores”.
Na nota, é informado o email do governador Teotonio Vilela Filho e do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho. Hoje (3), a greve da Polícia Civil completa oito dias sem data para terminar.