Com tudonahora // sidney tenório
Os servidores da Educação fizeram uma caminhada, na manhã desta segunda-feira (2), nas ruas do Centro de Maceió, após realizar assembleia no clube Fênix Alagoano. A categoria adiou a decisão sobre a decretação de greve, mas vai participar do acampamento em frente ao palácio República dos Palmares, sede do governo do Estado.
Durante a assembleia, os discursos de alguns servidores eram de iniciar a greve já a partir desta segunda. "Não dá mais para deixar outras categorias, como a dos policiais civis, sozinhos nessa luta", disse um servidor, pedindo que a paralisação fosse deliberada. No entanto, o grupo majoritário decidiu por não enfrentar o Poder Judiciário, que já decretou a ilegalidade da greve, antes mesmo de ela ser deflagrada.
"Não adianta fazer greve para a maioria ficar na praia e quatro ou cinco ir para linha de frente. A paralisação tem que ser uma coisa pensada e com a participação de todos. Não adianta entrar e depois sair sem nenhuma conquista", ressaltou a servidora Juracy Góes da Rocha.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinteal), Célia Capistrano, explicou que a categoria continua mobilizada e vai participar de todos os atos dos servidores estaduais que tentam a negociação salarial, mas que ainda não chegou a hora da greve. "Vamos para o acampamento tentar negociar o reajuste com o governo. Tivemos uma reunião com o secretário (da Educação), Rogério Teófilo, mas não houve qualquer avanço", ressaltou.
Os servidores da Educação querem a implantação imediata do piso para todos os servidores e a reposição de perdas salariais dos últimos anos. A categoria descartou o percentual de 5,91 oferecido pelo governo do Estado.