Maurício Fernandes disse que, a exemplo da última vez, existe a possibilidade do julgamento não acontecer, se o advogado assistente de acusação, Welton Roberto, apresentar novo pedido de desaforamento que, na linguagem jurídica, significa a transferência do júri popular, provavelmente para a capital do Estado.
“Não é interessante que meu cliente seja julgado em outra região que não seja o Sertão, local onde toda a população já conhece sua integridade e, principalmente, o trabalho desenvolvido na região”, disse o advogado de Boiadeiro.
Laelson Boiadeiro está preso há um ano e três meses no presídio de Arapiraca. Segundo o advogado Maurício Fernandes o tempo da prisão de seu cliente é ilegal e fere a lei penal.
“Qualquer prisão não pode ultrapassar 90 dias sem que haja julgamento. O meu cliente está preso há um ano e três meses e corre o risco de não ser julgado nesta terça-feira”, disse o advogado.
O caso – Além do ex-prefeito de Batalha também foi executada a sua esposa, Matilde Toscano. O duplo homicídio aconteceu no dia 19 de março de 1999, quando o casal seguia pela rodovia AL 220, próximo o acesso de Major Izidoro, quando foram surpreendidos por uma emboscada. Os dois tinham acabado de sair de uma festa e seguiam para a fazenda deles em Batalha.
Segundo a justiça, Laelson Boiadeiro se tornou o principal acusado pela morte de Zé Miguel, por conta dos dois, na época do crime, estarem passando por uma forte e acirrada rixa política.
com alagoasemtemporeal // Adalberto Custodio