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Sistema de alerta é instalado nas bacias do Mundaú e Paraíba


Sistema de alerta é instalado nas bacias do Mundaú e Paraíba

Com maceioemdia // Fonte agência alagoas - ronaldo lima

Tragédia como a que ocorreu em junho deste ano, quando cerca de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas em 19 municípios alagoanos por conta das enchentes dos rios Mundaú e Paraíba, já pode ser evitada. Fruto de uma parceria entre o governo de Alagoas e o governo federal, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA), estão sendo implantadas ao longo dos rios Mundaú e Paraíba dez estações com sistema de alerta.

Com investimentos de R$ 2 milhões e uma cooperação técnica entre as duas esferas de governo, está sendo possível a instalação de dez estações com sistema de alerta em Alagoas e outras que também já estão sendo instaladas no Estado vizinho de Pernambuco, onde nascem os rios Mundaú e Paraíba, e que também sofreu com as enchentes no último mês de junho.

Como informa o engenheiro Gino Oliveira, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, após a tragédia de junho nas 19 cidades atingidas pelas enchentes, técnicos de Alagoas e da Agência Nacional de Águas (ANA) realizaram um trabalho de levantamento para avaliar os locais onde deveriam ser instaladas as estações com sistema de alerta nos trechos entre as bacias dos rios Mundaú e do Paraíba.

"Nosso trabalho teve a finalidade de pontuar as localidades das bacias e os municípios onde deveríamos instalar as estações", afirmou.

O sistema de alerta de variáveis hidrometeorológica é composto de uma plataforma de coleta de dados com sensores de nível e precipitação com telemetria, onde envia dados com a situação atual sobre as bacias dos rios Mundaú e Paraíba. Todos os dados, como explica o engenheiro da diretoria de operações da Semarh, são enviados em tempo real para a ‘Sala de Situação' na central que será instalada em Alagoas.

Atualmente, três estações já estão em pleno funcionamento nos rios Mundaú e Paraíba e os dados são repassados para a central da ANA, onde os técnicos de Alagoas estarão acompanhando em tempo real. Todo o monitoramento é observado via online.

As estações do sistema de alerta implantadas nos dois Estados estão sendo instaladas nos rios Lunas, Canhoto, Mundaú e Paraíba, nos municípios de Correntes, Maraial e Barreiros, em Pernambuco; e em São José da Laje, Rio Largo, Quebrangulo, Viçosa e Atalaia, em Alagoas.

A estimativa dos técnicos da ANA e da Semarh é de que até o início do próximo ano todas as estações já estejam em pleno funcionamento e enviando os dados com os níveis dos rios das bacias Mundaú e Paraíba para a 'Sala de Situação', se constituindo numa ferramenta imprescindível para evitar possíveis tragédias como as que afetaram Pernambuco e Alagoas.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Alex Gama, a implantação do sistema de alerta é fruto das discussões entre os governos de Alagoas e Pernambuco com a direção da Agência Nacional de Águas e vai ser uma ferramenta importante na prevenção de novas enchentes. "Com esses equipamentos de tecnologia de vanguarda, será possível facilitar o trabalho da Defesa Civil e dos gestores municipais", reconheceu Alex.

Os dados coletados pelas estações de alerta nas bacias dos rios Mundaú e Paraíba, além de serem enviadas para a uma central em Brasília, para o acompanhamento dos técnicos da ANA, também estarão sendo acompanhados pela equipe da Semarh, em uma 'Sala de Situação' que será montada para o monitoramento.

Com equipamentos modernos, já adquiridos pelo governo de Alagoas, a 'Sala de Situação' vai contar com uma central de seis computadores, onde técnicos da Diretoria de Meteorologia da Semarh e da Defesa Civil atuarão de forma conjunta. A montagem da central é a última etapa do Sistema de Alerta.

O secretário Alex Gama informou, ainda, que já a partir de maio todo o sistema de monitoramento e de alerta de variáveis hidrometeorológica em Alagoas vai estar em pleno funcionamento, uma vez que é nessa época do ano que tem início o período chuvoso, considerado crítico para as cidades ribeirinhas.

Somente no dia 18 junho, data da tragédia que destruiu parte das cidades alagoanas, foram registrados 180 milímetros de chuva. Já durante todo o mês de junho foram registrados 600 mm, uma precipitação superior à média mensal. As enchentes em Alagoas deixaram um saldo de 27 mortos e 29 pessoas desaparecidas, além de 70 mil pessoas desabrigadas e desalojadas.

Foto da Agência Alagoas



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