Saúde

com tudonahora //

O estado de Alagoas já começa a registrar os primeiros diagnósticos de leptospirose e diarreias por causa das enchentes dos últimos dias - doenças comuns em locais atingidos por inundações, onde não há água limpa.

Ontem a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou os dois primeiros casos de leptospirose. Foram analisadas amostras de oito pessoas, das 15 suspeitas de terem contraído a doença, entre os dias 23 e 29.

“Até agora foram notificados 129 casos de diarréias; 50 de picadas de animais peçonhentos, como cobras e escorpião e 58 problemas respiratórios, este último tem maioria de ocorrências em Quebrangulo”, informou Sandra Canuto, superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau.

Ela acrescentou que a Sesau está com toda sua equipe fazendo o monitoramento diário, e indo às áreas atingidas, com o objetivo de orientar as vítimas afetadas pelas enchentes, em especial na prevenção das doenças de veiculação hídrica.

O Ministério da Saúde enviou ao estado lotes de vacinas e soro antitetânico para tratar e prevenir doenças como hepatite A, rotavírus, tétano e cólera. Na semana passada, o ministério já havia encaminhado 5 toneladas de remédios, vacinas, soros e dez ambulâncias para atendimento de urgência.

Situação de emergência

A Sesau considera "situação de emergência na saúde pública" por conta de possíveis surtos e casos de doenças em decorrência das enchentes que atingiram 28 municípios do Estado.

Sandra Canuto explicou que a maior preocupação hoje é com os casos de leptospirose e temor pelo retorno do cólera. “A leptospirose pode ter letalidade de até 40%", informou.