Com cadaminuto // Fonte pe360graus
Mais de uma semana depois do temporal que castigou os Estados de Alagoas e Pernambuco, os especialistas praticamente chegaram a um consenso sobre as causas da destruição. As construções irregulares feitas nas margens dos rios foram um dos principais motivos das enchentes. Condições específicas da meteorologia também contribuíram para o desastre.
Foram quatro dias de chuvas intensas na região. Um volume que variou de 300 a 400 milímetros. Como o solo estava encharcado, por causa de outras chuvas mais fracas, a água, sem ter para onde escoar, foi inteira para os açudes e rios.
"Gradualmente a bacia sofreu ações relativas a desmatamentos, construções em áreas indevidas, em áreas ribeirinhas, com consequências diretas, e também construções que não são em áreas ribeirinhas mas que interfem na geração de escoamento e impermeabilizam a bacia de um rio", explica o professor da UFRPE Abelardo Montenegro.
Na região de Garanhuns ficam as nascentes de três deles - o Paraíba, o Canhoto e o Mundaú, que descem para o estado de Alagoas. Perto, na região de Agrestina, nasce o rio Una, que corta Pernambuco. Passa por Água Preta, Palmares e Barreiros.
A vazão normal desses rios é de 50 metros cúbicos de água por segundo. No auge da enchente eles receberam mil metros cúbicos de água por segundo. Essa é a explicação dos técnicos para a velocidade e o poder de destruição dos rios nas cidades atingidas.