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Acidente
27/01/2023 00:00:00

Indígena Guajajara é assassinado um dia após lideranças relatarem ameaças no MA

A suspeita é de que José Inácio Guajajara tenha sido morto a tiros


Indígena Guajajara é assassinado um dia após lideranças relatarem ameaças no MA

Um indígena da etnia Guajajara foi assassinado na Terra Indígena Cana Brava, em Grajaú, no Maranhão. A suspeita é de que José Inácio Guajajara, de 46 anos, tenha sido morto a tiros.

O corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (24) às margens da BR-226, na aldeia Jurema. O crime aconteceu um dia depois de um encontro entre a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e lideranças da Terra Indígena Araribóia.

Na ocasião, a comissão se reuniu com 47 caciques e ouviu relatos de ameaças contra a comunidade Guajajara.

Até o momento, ninguém foi preso. A polícia ainda investiga as circunstâncias do crime. O corpo de José Inácio foi levado na tarde de ontem (25) ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz.

Aumento da violência

A incidência de atentados contra indígenas no Maranhão tem preocupado as lideranças e órgãos de defesa dos povos. Só em 2022, três assassinatos foram registrados em menos de duas semanas:

  • Em 3 de setembro: Janildo Oliveira Guajajara, assassinado com um tiro nas costas, em Amarante do Maranhão;

  • Em 3 de setembro: Israel Carlos Miranda Guajajara, morto atropelado em Arame;

  • Em 11 de setembro: Antônio Cafeteiro Silva Guajajara, morto com seis tiros após uma emboscada em Arame.

Em 9 de janeiro deste ano, dois jovens indígenas sofreram uma tentativa de assassinato entre as cidades Arame e Grajaú:

  • Benedito Gregório Guajajara, de 18 anos; e

  • Júnior Guajajara, de 16 anos.

Eles foram baleados na cabeça por um homem que estava em um carro ao saírem de uma festa na Aldeia Tiririca. Os dois seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da região.

"A gente procurou saber e eles não se envolveram em nenhum tipo de confusão na festa, nada", explicou, na época, Gilderlan Rodrigues, coordenador do Cimi no Maranhão. "A gente está preocupado porque é uma situação recorrente, não é uma situação de ontem".

Por enquanto, ninguém foi preso.

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