O colesterol alto é uma das doenças mais comuns do mundo. Muito ligado a hábitos alimentares e comportamentais, o acúmulo de placas de colesterol nas artérias dificulta o fluxo sanguíneo no organismo, influenciando o transporte de oxigênio pelo corpo e podendo ser responsável pela morte de alguns tecidos.
Porém, o quadro de hipercolesterolemia familiar foge dos esforços do paciente — o problema genético é responsável pelo nível elevado de lipídios e independe de dieta e exercícios. A condição é considerada rara e afeta uma a cada 250 pessoas na população mundial.
“É uma doença agressiva, que pode levar a um AVC precoce em função de uma alteração genética. Não importa o quanto a pessoa tenha o estilo de vida saudável, o colesterol não vai deixar de ser alto”, diz o cardiologista Marcelo Bittencourt, do Hospital DASA, em Brasília.
A condição é uma dislipidemia, grupo de doenças que envolvem alteração dos níveis de lipídio, e pode ser identificada por meio de teste genético laboratorial chamado painel de dislipidemia familiar. O exame é realizado com solicitação médica a partir da suspeita prévia.
A condição é uma dislipidemia, grupo de doenças que envolvem alteração dos níveis de lipídio, e pode ser identificada por meio de teste genético laboratorial chamado painel de dislipidemia familiar. O exame é realizado com solicitação médica a partir da suspeita prévia.
“Um paciente jovem com LDL muito alto, apesar de ter hábitos saudáveis, precisa passar por uma pesquisa clínica e análise do histórico familiar para saber se alguém teve ou tem eventos cardiovasculares na família que podem indicar a hipercolesterolmia”, afirma Bittencourt.
Ele dá ênfase à importância do diagnóstico precoce para que as consequências não sejam graves. “É essencial ficar de olho, por exemplo, no depósito de gordura nas pálpebras”, explica.
Por se tratar de uma doença genética, não existe cura, porém o paciente deve dar início ao tratamento para controlar os níveis de lipídios assim que a condição for identificada. Caso contrário, o cardiologista alerta para o grave risco de ataques cardíacos mesmo em jovens.
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