O presidente eleito aceitou os nomes do senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para o Ministério dos Transportes e o de Jader Filho, presidente da sigla no Pará, para a pasta das Cidades, em reunião com lideranças do partido ontem. Eles deverão ser confirmados em cerimônia no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), sede da transição. Com as escolhas, o MDB terá três das 37 pastas do futuro governo Lula.
A consolidação de duas pastas de orçamento robusto, além do Planejamento, pode ser considerada uma vitória para o MDB, que, numa queda de braço com o PT e partidos aliados, conseguiu transformar a indicação de Tebet em “cota pessoal” de Lula. Ao declarar apoio dois dias após o primeiro turno, a senadora foi uma figura importante para a campanha petista na segunda etapa e se tornou uma espécie de ministeriável instantânea.
Lideranças do MDB, encabeçadas pelos senadores Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), que se juntaram a Lula já no primeiro turno, exigiram que, fora ela, ainda houvesse uma indicação via Senado e outra via Câmara. Nome do pai, Renan Filho levou a vaga do Senado. Ele chegou a ser cogitado para Minas e Energia e Planejamento, mas foi para os Transportes com o desmembramento da Infraestrutura, adiantado pelo UOL.
Jader Filho ocupa a vaga da Câmara sob chancela do irmão, o governador reeleito Helder Barbalho (MDB-PA). Ele disputava com o deputado conterrâneo José Priante (MDB-PA).
Mais nomes
Em meio aos arranjos finais para a composição do governo, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu convidar o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Teixeira estava originalmente cotado para o Ministério das Comunicações. Segundo Lula relatou em conversas nessa quarta-feira (28), a ideia é abrir espaço para que a pasta das Comunicações venha a ser usada em negociações partidárias e seja oferecida ao PSD ou à União Brasil. Também está colocado sobre a mesa a essas siglas o Ministério da Pesca.
O PSD reivindica a pasta das Comunicações para o deputado federal André de Paula (PSD-PE). A dança das cadeiras se deu em decorrência de impasses internos e vetos a nomes que estavam cotados para a equipe ministerial. André de Paula, por exemplo, entra na cota do PSD da Câmara dos Deputados. O nome indicado pelo partido era o do deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ). Pelo acerto original, ele assumiria o Ministério do Turismo. Ele tem o apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Mas seu nome foi rejeitado devido ao processo que respondeu por agressão à ex-mulher. O veto é atribuído à futura primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.
Por essa configuração, o PSD deve ocupar três ministérios: Agricultura, com o senador Carlos Fávaro (PSD-MT); Minas e Energia, com o senador em fim de mandato Alexandre Silveira (PSD-MG), e um terceiro (Comunicações ou Pesca) com André de Paula.
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