É claro que esta não é missão fácil, mas é fundamental, para quem ocupa o cargo de governador de Alagoas, encará-la sem tergiversar.
Considerando que, sim, Renan Filho deixou uma herança boa dos seus quase oito anos de governo. Destaco aqui, por óbvio, a atuação na área de Saúde durante a pandemia, quando os hospitais construídos – graças à iniciativa do secretário Santoro – fizeram a diferença em favor da população.
Mais: a construção de estradas há de ser fundamental para algum avanço da economia local.
Mas há de se reconhecer - e não desdenhar - da triste herança deixada pelo futuro senador da República (um brincalhão, também, das redes sociais).
Destaque-se: a Educação pública de Alagoas continua sendo uma das piores do país, com anúncios de projetos milionários, do ano passado para cá, mas muito longe de ter uma política séria, consistente e permanente – como no Ceará, e de há muito.
A fome precisa se tornar uma vergonha para os alagoanos e principalmente para o governo do Estado, que tem as armas para combatê-la. O governador deveria ter no seu quarto de dormir a inscrição: “Alagoas é o estado brasileiro campeão da fome, que maltrata e humilha 36,7% da população”. Ao acordar, veria a frase tão logo abrisse os olhos a cada dia.
Fome Zero não deve ser apenas um slogan publicitário, mas a prioridade zero de qualquer governo que se respeite e respeite o povo sofrido. Afinal, propaganda não mata a fome.
Finalmente, Dantas deveria tomar a inciativa de devolver aos aposentados do AL Previdência o dinheiro que o governo – com o auxílio cruel da Assembleia – tomou de quem não podia e se nega a reconhecer a dívida.
Que tal encarar o que precisa ser feito?
O resto pode vir depois.
ricardo mota - cada minuto