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Especial
09/12/2022 06:00:00

Aversão alimentar: conheça o quadro conhecido pela repulsa a alimentos

A aversão alimentar é um problema, geralmente iniciado na infância, e que têm causas diversas. É preciso ficar atento para possíveis déficits nutricionais


Aversão alimentar: conheça o quadro conhecido pela repulsa a alimentos

A aversão alimentar é caracterizada pela repulsa a determinadas comidas ou bebidas. Esse hábito, segundo especialistas, começa a ser introduzido ainda na infância, quando o desenvolvimento nutricional começa a aflorar. Nos primeiros anos de vida, o cardápio de sabores é pouco variável e facilmente descartado. Com isso, a prática acaba sendo primordial para que o pouco interesse ou a dificuldade em experimentar novos alimentos evolua até a fase adulta, provocando déficits nutricionais e a improbabilidade de reversão do caso.

De acordo com a nutricionista Thais Cristine Freire da Silva, vários fatores são determinantes para o surgimento da aversão alimentar. Aspectos sociais, psicológicos e ambientais são os principais citados por ela. Além disso, há o desenvolvimento do quadro clínico por meio de outras causas, como medo, traumas psíquicos, razões emocionais e características sensoriais. "É importante estar atento aos hábitos desenvolvidos desde a infância, pois as maiores aversões são acarretadas por situações estabelecidas enquanto criança", explica.

Ter dificuldade para inserir algum alimento nas refeições diárias, no entanto, não é caracterizado como doença. A especialista ressalta que tais rejeições podem ser comuns. Apesar disso, possíveis complicações podem surgir. Déficit de vitaminas e excessos de outros componentes prejudiciais, deficiência de micronutrientes estão entre os problemas mencionados por Thaís. Alterações mais graves, como anemia, esteatose hepática, diabetes e taxa de triglicérides alta, também podem acometer o indivíduo, bem como problemas cognitivos, que envolvem a memória e a falta de concentração.

Uma vez que a aversão alimentar surge nas fases iniciais da vida, os pais precisam ficar atentos ao comportamento dos filhos em relação à rotina alimentar introduzida. A nutricionista orienta que os responsáveis não pressionem de forma exagerada ou imponham que a criança coma algo que não goste. Entretanto, é necessário ofertar o prato várias vezes antes que haja a confirmação de que ela, realmente, não tenha apreço pela comida.

"É importante oferecer o alimento de 10 a 15 vezes para se certificar se ele gosta ou não. É normal não gostar de um ou outro. Tudo inicia na introdução alimentar da criança e se expande para hábitos na vida adulta", detalha. A especialista também dá algumas dicas de como essa abordagem pode ser feita, a fim de deixar as refeições cada vez mais sólidas:

Deixe que a criança primeiro, tolere; segundo, cheire; terceiro, interaja com o alimento; quarto, leve até a boca (lambendo ou mordendo); quinto, experimente; e, por fim, coma. Contudo, é imprescindível que os pais também consumam pratos saudáveis, preparando-os em casa, com eles sempre presentes nos almoços e jantares. Assim, a criança crescerá familiarizada e habituada com os alimentos.

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