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O Cada Minuto entrevista deste sábado (3) conversou com secretária do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, Caroline Balbino. A secretária da Sedetur falou sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no turismo do estado e sobre os ataques destinados aos nordestinos durante a eleição. Além disso, falou sobre os projetos para 2023.
Confira abaixo:
CM: A pandemia impactou o turismo e agora, Alagoas está retomando com um dos destinos mais escolhidos. O que a Sedetur pretende fazer em 2023 para que o estado continue em alta?
CB: Nos últimos meses, o trabalho da Sedetur/AL não parou. Com a retomada turística como realidade, com o cumprimento de protocolos de segurança com relação à Covid-19, bem como com a recuperação da malha aérea e o aumento da ocupação hoteleira média em Alagoas, garantimos a participação do Destino Alagoas nas principais feiras de turismo do país e da América Latina, como a ABAV, BTM Fortaleza, Festuris/Gramado e a Feira das Cataratas, em Foz do Iguaçu.
Além disso, investimos no mercado latino americano, com a participação em roadshows pela Argentina, nosso principal mercado emissor internacional, garantindo novas parcerias com operadoras latinas e a abertura de novos voos, ligando Maceió ao país argentino. O mercado europeu, em especial Portugal, também ganhou reforço, agora com a chegada de novos fretamentos para o réveillon e para alguns feriados de 2023, reforçando nossa relação com o país lusitano.
As instâncias de turismo regionais alagoanas – Costa dos Corais, Quilombo, Cânions do São Francisco, Caatinga, Grande Maceió, Agreste, Lagoas, Mares e Rios do Sul – são também fundamentais para promover a interiorização do Turismo, e mostrar que Alagoas vai muito além do Sol & Mar, com atrativos históricos, gastronômicos e de aventura.
O setor hoteleiro segue também em expansão, em especial na região Norte do Estado, com a previsão de abertura de mais 2 mil leitos na região, e de mais de 2 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos. Não podemos esquecer também da Temporada de Navios - com início no dia 01 dezembro na capital alagoana, teremos 22 navios fazendo escala em Alagoas.
Iniciamos esse ano também os investimentos em planos diretores de vários municípios turísticos e também no Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITs). Dito isso, acredito que em 2023 a tendência é que esse ritmo continue – com uma ampliação do trabalho com as diferentes regiões turísticas alagoanas, novas parcerias com operadoras e companhias aéreas, além de um contato aproximado e sólido com o trade turístico local, para que se possa pensar o Turismo de maneira coletiva e sustentável, trazendo ainda mais ganhos para Alagoas.
CM: Com a eleição, alguns ataques foram destinados aos nordestinos e muitas pessoas chegaram a fazer campanhas para que não viajassem para o Nordeste. Você acha que esse preconceito afetará Alagoas?
CB: Eu acredito que os números mostram que esse tipo de atitude, de onde quer que seja, não afetará o turismo em Alagoas – estamos com a perspectiva de um aumento de 20% na movimentação de passageiros no Aeroporto Zumbi dos Palmares agora para dezembro, quando comparado ao mês de novembro. São cerca de 270mil pessoas desembarcando aqui em Alagoas na alta temporada, além de voos fretados vindos de Portugal, e a retomada do voo da Argentina.
Além disso, Alagoas ocupa o segundo lugar entre os estados litorâneos mais cobiçados do país, de acordo com pesquisa nacional divulgada pela plataforma de viagens Booking.com. O estudo, que busca entender o comportamento dos viajantes do Brasil quando visitam o litoral, revela ainda que a praia de Antunes, em Maragogi, litoral norte de Alagoas, ocupa a quinta posição no ranking das cinco melhores praias do Brasil.
Então, eu acredito que estamos no caminho certo no Turismo em Alagoas, buscando novas parcerias, oferecendo destinos cada vez mais estruturados, consolidando acordos com operadoras e companhias aéreas, para que o turismo siga avançando em nosso estado.
CM: Qual o maior desafio de ser mulher e estar no comando de uma pasta importante como a da Sedetur?
CB: A participação das mulheres é fundamental em qualquer segmento – seja no Turismo, na área do Desenvolvimento Econômico, Educação, Segurança– seguimos, nós mulheres, com trabalho duro, competência e dedicação, para alçar voos cada vez mais longos –– superando desafios e mostrando sempre que estamos aptas e somos capazes de fazer a diferença em qualquer área de atuação.
CM: Quais são os projetos da Sedetur para 2023 quando se fala em desenvolvimento econômico para os empreendedores locais?
CB: Temos uma série de projetos sendo construídos em Alagoas voltados para o empreendedorismo local e a economia criativa. Priorizamos o mapeamento das potencialidades de cada região e como desenvolver os municípios alagoanos.
O Alagoas Maior, nosso programa voltado para as cooperativas, beneficia também diversos pequenos empreendedores. Temos ações, como distribuição de equipamentos para produção e comercialização de produtos. A Sedetur também atua na frente energética, facilitando o acesso desses empreendedores à energia limpa, diminuindo custos com as contas de energia e de gás.
Além dessas ações, também promovemos diversas capacitações em parceria com instituições como o Sebrae/AL, o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Alagoas (Sindhal) e várias outras entidades. Neste momento de transição para o novo mandato, o governo de Alagoas tem avaliado ações que foram exitosas no passado e reestruturado programas de apoio aos micro e pequenos empreendedores, como também criado um “Observatório Econômico”, objetivando aprimorar o entendimento sobre o desenvolvimento econômico de Alagoas e compreender as tendências futuras da economia, para que possamos avançar cada vez mais nessa área.
CM: O governador Paulo Dantas já deixou claro que quer criar uma secretaria focada no turismo. O que você acha dessa medida?
CB: Acredito que o governador Paulo Dantas tomará todas as medidas necessárias para que o Turismo de Alagoas continue avançando e trazendo grandes resultados, gerando emprego, oportunidades e renda para os alagoanos. Então, se por ventura, ele decidir pela criação de novas pastas, com certeza o fará pensando no melhor para o desenvolvimento de nosso estado.
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