A Polícia Civil designou, neste dia (17), uma comissão com três delegados para apurar a perseguição policial que fez o empresário Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos, ser baleado com um tiro de fuzil. Os delegados Filipe Ferreira Rodrigues Caldas, Sidney Walston Tenório de Araújo e Cayo Rodrigues da Silva serão os responsáveis pelo inquérito.
Ainda nesta quinta-feira (17), o juiz Rômulo Vasconcelos, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, determinou a realização da reprodução simulada do caso. O magistrado atendeu ao pedido do Ministério Público do Estado (MPE).
O prazo dado foi de 20 dias. Na decisão, ficou determinado também que as armas de fogo dos policiais militares, os quais deverão ser prontamente identificados, devem ser recolhidas e periciada, mesmo cenário para os carros dos agentes e da vítima.
O caso
O fato aconteceu após o empresário não ter parado a abordagem policial enquanto transitava na AL-220. Segundo os militares, Marcelo ignorou a sinalização e fugiu em alta velocidade, o que gerou a perseguição. Nela, ele teria mostrado uma arma de fogo. Com isso, os policiais atiraram e um dos disparos acertou as costas do empresário.
O revólver seria um calibre 38, de numeração raspada, encontrado no carro de Marcelo. A defesa e a família, no entanto, contestam essa versão, afirmando que ele não andava armado e, mais precisamente, odiava armas. Ele segue internado, em estado grave, no Hospital de Emergência do Agreste (HEA).
Na delegacia, o auto de prisão em flagrante contra Marcelo por porte ilegal de arma de fogo foi feito, mas o juiz Rômulo Vasconcelos concedeu liberdade provisória com imposição de medida cautelar, a pedido da Defensoria Pública, para quando o empresário sair do hospital.
Folha de Alagoas